quinta-feira, 28 de maio de 2009

A diferença em cobrar e receber amor

:: Bel Cesar ::

Todos nós conhecemos a necessidade de amar e ser amado. No entanto, quando esta necessidade se torna carência, há algo extra a ser alertado: estamos vulneráveis e desequilibrados.

A origem da carência afetiva encontra-se em nossa dificuldade para receber amor. É como estar com fome e não ter estômago para digerir. Mas, como será que nosso "estômago afetivo" tornou-se tão pequeno? Fomos nos alimentando cada vez menos, à medida em que o alimento emocional tornou-se escasso ou invasivo.

Em outras palavras, fomos instintivamente diminuindo nosso estado de receptividade ao associar a experiência de receber amor a vivências de insuficiência, abandono ou de um controle excessivo. Se nos sentimos manipulados ao receber alimentos, presentes, elogios, carícias e incentivos, associamos a idéia de receber com o dever de retribuir algo além de nossa capacidade ou vontade pessoal. Quem não se lembra de ter escutado advertências como: "Agora você já deve se comportar como um menino grande" ou "Se você comer todo jantar, pode comer a sobremesa...".

Estas frases parecem inocentes, mas revelam os condicionamentos pelos quais passamos a aprender que receber modula nosso modo de ser.

Filhos de pais intrometidos e controladores desde cedo aprendem a conter seus desejos, pois sabem que ao revelarem suas intenções acabarão tendo que abandonar seus planos para realizar as vontades de seus pais. Para garantir fidelidade frente aos seus desejos e gostos, diferentes de seus pais e orientadores, acabam se contraindo cada vez mais - por um instinto de autopreservação, necessário no processo de autoconhecimento e autoconfiança, distanciam-se de seus pais para conhecer a si mesmos.

Desta forma, com a intenção de nos proteger do excesso ou da falta de atenção diante de nossas necessidades de amarmos e sermos amados, fomos nos fechando, isto é, formando camadas protetoras contra os ataques diante à nossa vulnerabilidade. Este processo sutil e delicado tem um efeito bastante grave: ao estar mais atento no que estou recebendo do que no que desejo, acabo aprendendo a dar mais atenção ao mundo exterior que às minhas reais necessidades.

A necessidade de ser amado faz parte de nosso instinto de sobrevivência, portanto é algo natural, enquanto seres que vivem em sociedade. Mas em nossa sociedade materialista onde autonomia é sinônimo de maturidade, muitas vezes esta necessidade é vista como um sinal de imaturidade ou infantilidade. Vamos esclarecer este preconceito: amar só se torna infantil quando se torna uma exigência unilateral: quando queremos apenas ser amados.

Estranhamente, quando quero algo do outro, deixo de perceber a mim mesmo. Quando preciso do outro, passo a controlá-lo. Então, ao invés de expressar o meu amor, passo a cobrar por atenção. No lugar de dizer que amo, digo o que falta no outro para me sentir amada.

Quantas discussões entre casais, pais e filhos estão baseadas nesta troca de intenções!

Vamos exemplificar melhor este drama. Quando o parceiro se distancia, por razões alheias à sua parceira, ela se sente abandonada. Então, no lugar de dizer: "Quero estar mais próxima de você", ela diz: "Você está distante!". Este seu modo de alertar o outro de sua carência é defensivo. Ela não está sendo aberta, nem transparente, pois detrás de sua reclamação há um desejo de controlá-lo, para que ele seja do modo como ela quer. Ele, sentindo-se pressionado, perde a espontaneidade e afasta-se cada vez mais. Ela sentindo-se carente, se torna refém da atenção dele!

Quando nos tornamos refém do comportamento alheio, deixamos de estar conectados ao nosso sentimento de amar e esperamos apenas ser amados. Em outras palavras, deixo de perceber o que estou sentindo em relação a ele e apenas me atenho ao que ele está demonstrando sentir em relação a mim. A expressão do afeto se contrai sob a pressão e gradualmente ambos perdem a espontaneidade.

Há uma diferença entre expressar claramente o que se quer e cobrar indiretamente o que se necessita. No momento em que simplesmente expresso meu desejo, desobrigo o outro de atuar. Assim, ele já não se sente mais pressionado a mudar e torna-se naturalmente disposto a retomar a relação.

Ao perceber nossas verdadeiras necessidades, desejos e intenções, liberamos o outro da carga de adivinhar o que secreta e indiretamente desejamos. Deixamos de imaginar o que precisamos e passamos a sentir nossas reais necessidades.

Este processo exige auto-observação. Muitas vezes, dar-se conta de algo que nos falta dói mais do que imaginávamos. Perceber nosso bloqueio em saber receber pode ser uma surpresa maior do que pensávamos. Mas, a cada momento que percebo uma limitação interior tenho a chance de mudar. Como?

Começando por admitir que receber é bom. Não é uma ameaça. Só a experiência pode nos afirmar o que queremos ou não. Precisamos aprender a sermos sinceros com nossas necessidades frente aos desejos alheios. Isso ocorre quando nosso sim é um sim verdadeiro.

Não precisamos deixar de ser quem somos ao receber algo intencional de outra pessoa. Não precisamos usar máscaras sociais comportando-nos como é esperado de nós. Nem nos sentirmos insuficientes e inadequados se não estivermos em condições de retribuir. Podemos ser autênticos!

Nos sentimos amados quando o outro nos aceita tal como somos. Portanto, dar amor é abrir-se para receber o amor que o outro tem para lhe dar. Dar um espaço de si para acolher o outro em seu interior.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Atenção

(Elisabeth Cavalcante)

Como ampliar o estado de consciência para manter-se imune às armadilhas do ego? A única maneira de conseguir isto é através de um estado de total atenção ao momento presente.

Perceber cada ação, cada sentimento e cada emoção de maneira plena nos ajuda a fortalecer nossa percepção do quanto a mente - expressão maior do ego - tenta, o tempo todo, nos levar para o passado ou o futuro.

A inconsciência e o agir de modo automático reforçam nossa dominação pela mente. Entretanto, ainda vivenciamos a ilusão de que somos nós que exercemos o comando sobre ela.

Mas é preciso lembrar que atenção não pode ser confundida com repressão. Reprimir um sentimento só faz com que ele se amplie ainda mais. Observar, sem qualquer julgamento, apenas buscando entender sua origem é o melhor meio de aprender a lidar com o que sentimos.

Quanto maior for o seu saber acerca de si mesmo, maior será também a sua compreensão dos processos internos que vivencia. E quanto maior a compreensão, menor será o poder que estas energias exercerão sobre você.

Não existe possibilidade de libertação a não ser pelo entendimento e aceitação daquilo que somos e do que sentimos. Este é um processo extremamente belo para quem está disposto a se permitir a aventura de conhecer profundamente seu próprio interior.

Encarar este exercício como uma grande oportunidade, ao invés de um sacrifício, fará toda a diferença. A escolha é totalmente nossa e através dela podemos mudar de rumo e escolher uma nova maneira de viver ou, ao contrário, continuar seguindo o caminho já conhecido. Ele pode ser mais fácil e muito mais cômodo, mas certamente não nos levará à transformação que buscamos.

"... Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.
Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.
Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.
Esta é a sua alma, o eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência.

É o que Buda chama de Dharma, Lao Tsé chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência.
Então, de repente, tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo...

Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer....

... A árvore não está fazendo nada - apenas uma brisa, uma situação, e a folha seca simplesmente cai. A árvore nem mesmo percebe que a folha seca caiu. Ela não faz qualquer barulho, ela não faz qualquer anúncio - nada. A folha seca simplesmente cai e se despedaça no chão, apenas isso.
Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo. Ela pousa no chão e morre por si mesma.
Você não fez nada, portanto, você não pode afirmar que você a deixou cair. Você vê que ela simplesmente desapareceu, e então o verdadeiro centro surge.
E este centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como o quiser chamar.
Ele é inominável, assim todos os nomes são bons.
Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir."

Osho, Além das Fronteiras da Mente

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O CONSELHEIRO DO REI

(AUTOR DESCONHECIDO)

Há muitos anos, na Pérsia, havia um rei chamado Abbas. Era conhecido como um homem honesto e justo. Toda noite ele vagava pelas ruas da cidade, disfarçado, para assim conhecer melhor os seus súditos.

Certa vez, durante uma de suas andanças, notou uma pobre cabana. Ao olhar pela janela, viu um homem diante de uma refeição bem simples, cantando louvores a Deus. O rei bateu na porta e perguntou-lhe se aceitava um convidado.

"Um convidado é uma dádiva de Deus", disse o homem. "Por favor, sente-se e junte-se a mim". E, assim, repartiu sua refeição com o rei. Os dois conversaram por muito tempo. O rei perguntou-lhe como ganhava a vida. "Sou sapateiro", respondeu o homem, " caminho o dia inteiro consertando os sapatos do povo. E, à noite, compro comida com o dinheiro que ganho".
"E o que será do dia de amanhã?", perguntou o rei.
"Não me preocupo com isso", retrucou o homem, assim como está nos Salmos, eu digo: "Bendito seja Deus cada dia, dia após dia".

O rei ficou muito impressionado com essa atitude e
prometeu voltar no dia seguinte. Para testar o novo amigo, o rei promulgou um decreto: ninguém poderia consertar sapatos sem uma licença. E
voltou a visitá-lo na noite seguinte, encontrando-o
sentado em sua pobre cabana, comendo, bebendo e louvando a Deus. O homem convidou-o novamente a participar da frugal refeição, porque "um convidado é um presente de Deus". O rei ouviu o homem lhe contar:

"Não podendo consertar sapatos, por decreto do rei, resolvi tirar água do poço para as pessoas, para ganhar um pouco de dinheiro e comprar meu sustento". "E o que você faria se o rei proibisse isso?" "Direi: Bendito seja Deus, dia após dia."

Mas o rei decidiu testar mais uma vez o homem e decretou que seus súditos estavam proibidos de tirar água dos poços sem licença. Na noite seguinte, voltando novamente à cabana, o rei foi recebido por seu novo amigo com alegria e o ouviu novamente declarar sua fé em Deus .

O rei não estava convencido e decidiu testar mais e mais o homem. Este passou a cortar lenha para garantir seu sustento e, quando isto também foi proibido pelo rei, não desanimou e apresentou-se ao palácio real para fazer parte da guarda real.

O homem que foi sapateiro, depois carregador de água e, em seguida, lenhador, recebeu uma espada, para ser guarda. À noite, sem ter recebido o pagamento, foi até uma loja e trocou a lâmina de sua espada por um pouco de comida e colocou uma lâmina de madeira no cabo, cobrindo-a com a bainha.

Logo depois, o rei chegou. Eles seguiram o mesmo ritual, comendo e conversando até tarde. O amigo lhe contou sobre a espada. "E se houver uma inspeção nas espadas, o que você fará?", quis saber o rei. "Bendito seja Deus, dia após dia", respondeu o homem, mais uma vez não demonstrando preocupação alguma.

No dia seguinte, o capitão dos guardas ordenou ao homem que decapitasse um prisioneiro, por ordem do rei. "Nunca matei ninguém em toda minha vida. Como posso fazer isso", retrucou o homem, abaixando a cabeça e recitando o Salmo: "Bendito seja Deus, dia após dia". Logo ocorreu-lhe uma brilhante idéia e se precipitou para obedecer à ordem do rei. Na frente de uma multidão
que viera para assistir a execução, pegou a sua espada e gritou: "Deus Todo-Poderoso, o Senhor sabe que eu não sou um assassino. Se o prisioneiro for culpado, deixe minha espada ser de aço. Mas, se ele for inocente, faça com que a lâmina de aço transforme-se em madeira".
Dizendo isso, puxou a bainha e, ohh!, a espada era de madeira! Todos ficaram pasmos de surpresa.

O rei chamou o sapateiro e o abraçou. Contou-lhe sobre o seu disfarce e os testes pelos quais o fizera passar. "Eu nunca tinha encontrado um homem com tamanha fé", disse o rei. E foi assim que o sapateiro, que se tornou carregador de água e, depois, lenhador e, afinal, guarda real, tornou-se o conselheiro do rei.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Passos para o perdão

::Frederic Lusckin::

" Quando focalizamos nossa atenção em quem nos feriu,
ficamos sem condições de perceber quem nos ama ".

- Saiba exatamente como você se sente sobre o que aconteceu. Aprenda a articular sobre o que não está bem na situação. Então, conte para duas pessoas confiáveis a sua experiência.

- Comprometa-se consigo mesmo a fazer o que for possível para se sentir melhor. Perdão é para você e ninguém mais.

- Perdão não significa reconciliação com a pessoa que o aborreceu ou uma compensação. O que você busca é a paz. O perdão pode ser definido como a "paz e a compreensão que vem de culpar menos aquilo que o machucou, tomar a experiência de vida de forma menos pessoal e mudar seu histórico de sofrimento, desgosto e injustiça".

- Escolha a melhor perspectiva sobre o que lhe acontece. Reconheça que sua principal agonia vem de sentimentos, pensamentos e preocupações que o afligem agora, e não daquilo que o ofendeu ou feriu há dois minutos ou dez anos.

- No momento em que se sentir preocupado pratique uma técnica simples de gerenciamento de estresse para acalmar o vôo do pensamento ou a resposta do corpo.

- Desista de esperar atitudes das outras pessoas, se eles não escolheram realizá-las. Reconheça quando você impõe as regras de como você e outras pessoas devem se comportar, mesmo que esses procedimentos não correspondam à realidade imaginada pelos outros. Lembre-se que você pode esperar de si mesmo saúde, amor, amizade e prosperidade e trabalhar duro para consegui-las.

- Gaste sua energia em procurar outra forma de chegar a seus objetivos, que vá além da experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente suas feridas, procure outras maneiras de chegar onde você quer.

- Lembre-se que uma vida bem vivida é a melhor vingança. Em vez de focar em seus sentimentos machucados e atribuir um grande poder à pessoa que causou essa dor, aprenda a olhar para o amor, a beleza, a gentileza ao seu redor.

-Mude o mote da sua história de rancor para heroísmo ao se lembrar da sua escolha por perdoar
e seguir adiante com uma vida plena.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

CUIDADO COM O NOSSO INTERIOR

::Múcio Morais::

Não consigo me sentir confortável...

Tenho um sentimento freqüente de ansiedade e débito...

Me sinto desorganizado por mais que tento me organizar...

Parece que apesar de minhas preocupações e esforços estou sempre deixando coisas pra traz...

Estes têm sido o sentimento de milhões de pessoas que aparentemente são bem sucedidas, centradas e ativas, mas que interiormente vivem em um mundo atribulado e às vezes confuso.

Nossa cultura ocidental, voltada geralmente para o "realizar" está cheia de orientações sobre planejamento, organização, estratégias, administração de carreiras, mas raramente tenho visto qualquer obra ou princípios que enfatizem a orientação do interior, do desenvolvimento da ordem interna, do espiritual (independente ou não de religião) e essa ênfase no externo traz um evidente desequilíbrio e até contradição entre o ser e sentir X o ter e realizar;

Nossa vida pública pode estar bem orientada, mas é no nosso íntimo que os valores se formam, é nessa parte particular que realmente sabemos quem somos e definimos para onde desejamos ir. É quando o exterior subjuga e supera o interior, ainda que pareçamos bem sucedidos, aparecem os conflitos, dúvidas e ansiedades. Aparentemente sem sentido, mas são reais e precisam ser tratadas.

No íntimo são feitas as decisões e definidas as intenções, é lá que são realizados os julgamentos com base naquilo que acreditamos e valorizamos e esta faceta de nossa vida precisa receber atenção para estar em ordem;

As pessoas que não estão com seu íntimo em ordem muitas vezes conseguem sucesso mas demonstram ao mesmo tempo uma inquietação inadequada, suas atividades aparentemente lhes são muito mais pesadas que realmente deveriam ser, mostram-se cansadas porém resignadas, confundem tranqüilidade e serenidade com passividade e indiferença; Rejeitam qualquer postura nesse sentido, por isso estão geralmente correndo de um lado para o outro, gesticulando e realizando diversas atividades ao mesmo tempo, passando uma imagem "altamente dinâmica" Por uma auto-percepção equivocada de si mesmo. A idéia intrínseca é de que essa postura lhe trará respeito, reconhecimento e resultados.

A descoberta de nosso mundo interior e as providências para colocá-lo em ordem certamente é uma das maiores descobertas para quem deseja ter de verdade "qualidade de vida", hoje em dia também muito difundida na forma de cuidado com o físico, saúde e lazer; Boas coisas, mas insuficiente para trazer satisfação ao ser humano.

Os caminhos para a quietude e ordem interior pode parecer um pouco desconectado de nossa realidade "competitiva" mas esteja certo, essa realidade está nos levando ao "caos"; Permita-me lançar algumas práticas que podem ser aprendidas e praticadas com resultados muito significativos;

_ Faça uma auto-avaliarão de cada área de sua vida; (Tenho uma auto-avaliarão pré-definida que poderá ser enviada gratuitamente por e-mail para aqueles que quiserem um guia para essa fase). Perceba cada área de sua vida, analise o tempo e potenciais gastos nessas áreas, descubra os valores de retorno para sua vida e perceba se a equação TEMPO/POTENCIAL X RESULTADO/SATISFAÇÃO estão em equilíbrio;

Coloque cada área nas perspectivas:

_ Nossa motivação, a força que nos leva a agir da maneira que agimos. (Somos empurrados pelo ritmo dos tempos? Pela competição? Pelo sentimento de fazer parte? Pelas expectativas alheias? Pelo que você acredita e valoriza? Pelo que lhe dá prazer e qualidade de vida?

_Nosso tempo; Qual a relação TEMPO X IMPORTÂNCIA/RELEVÂNCIA? Quanto de seu tempo é gasto com coisas que você acredita ser importante ou essencial? Existe um equilíbrio?

_ Nosso sistema de crenças; Eu realmente acredito nessa divisão de tempo? Eu acredito no que estou fazendo? Estou satisfeito com os resultados? Isso é vida satisfatória? O que está faltando? Como completar agora?

_ Nosso íntimo; Estou fortalecendo meu interior? Estou me preparando para os momentos difíceis da vida? Estou me fortalecendo interiormente para ajudar a outros? Faço diferença pelo que "sou" como ser humano, como gente? O Que é mais importante para mim e para os outros, "EU GENTE ou EU PROFISSIONAL, STATUS?...

_ Nossa Paz interior; Estou suficientemente em paz interior para perceber os valores espirituais da vida? Minha sensibilidade está conseguindo captar as mensagens da família? dos amigos, da natureza, Posso ouvir a voz do Criador? Percebê-lo? Posso perceber algo além do meu campo material de visão? Posso curtir o amor, a alegria, a paz, a harmonia, a felicidade, a bondade, a generosidade? E quanto a uma boa música? As artes? Um livro?

Não tenho tempo pra isso pode ser uma amostra muito séria de quanto você valoriza a si mesmo e o quanto seu mundo interior precisa ser reeducado;

Procure fazer um auto-diagnóstico e nas próprias perguntas encontre as respostas, esse também será um ótimo exercício para quem quer encontrar o equilíbrio da vida e nesse encontro ter a oportunidade de um recomeço; Você pode se quiser.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Harmonia das emoções - Pressuposto para a Felicidade

::Dr. Roberto Debski::

Um tema que chama nossa atenção pela complexidade e importância é a eterna pergunta sobre o que faz alguém sentir-se feliz ou infeliz.
Na atualidade se prioriza o ter em detrimento do ser, sendo assim, poderíamos esperar que todas as pessoas profissional e financeiramente bem sucedidas se sentissem plenas, felizes e tendo realizado seus sonhos, porém esta é uma ilusão que não resiste a um olhar mais profundo e logo cai por terra, revelando um gosto amargo de decepção. Se realmente assim fosse, não veríamos pessoas famosas, ricas, bem sucedidas como Elis Regina, Cazuza, Elvis Presley, Marilyn Monroe, Jim Morrison, John Belushi dentre outros artistas e esportistas, personalidades que foram reverenciadas, admiradas e mesmo amadas por milhares de fãs, possuidores de grande fortuna e tudo que alguém pudesse desejar, perderem suas vidas, sua saúde física e mental por não sentirem-se felizes interiormente. Eles buscaram a felicidade na comida, no álcool, nas drogas, nas relações sucessivas e superficiais,e como logicamente não encontraram, afundaram-se cada vez mais até perderem a si próprios.Não protegeram o local mais importante a ser preservado, o terreno de suas emoções.
Foi por sentirem emoções conflituosas e não resolvidas, e por não se conhecerem realmente que buscaram a felicidade e o sentido de suas vidas onde estes não poderiam nunca ser encontrados. Se não vivermos harmoniosamente, através do autoconhecimento e do gerenciamento ou cuidado com nossas emoções seremos fatalmente controlados por elas. A programação Neurolinguística, ou PNL, estuda a estrutura da nossa experiência subjetiva, ou seja, como criamos nossos pensamentos e sentimentos, estados emocionais e comportamentos, e nos mostra como podemos agir para prontamente direcionar e modificar estes padrões.
Em outras palavras, a PNL estuda como o ser humano funciona e mostra que a mudança em nossos padrões repetitivos que geram o sofrimento pode ser efetuada a qualquer momento de nossas vidas, basta utilizarmos as ferramentas adequadas. Geramos pensamento utilizando nossos sentidos internamente, através de imagens, sons, sensações e autodiálogos.
Existem quatro fatores que geram nosso estado interno, nossas emoções e os nossos sentimentos, os quais determinam nossos comportamentos e ações.
Estes fatores são a fisiologia, ou como lidamos e movimentamos nosso corpo, a linguagem, ou como nos comunicamos conosco e com os outros, o foco ou aquilo em que colocamos nossa atenção e as nossas convicções ou crenças internas, que nos motivarão ou limitarão. As mudanças emocionais podem ser conquistadas por alterações em um ou mais componentes desta tétrade, e assim atingiremos os resultados que desejamos, saindo do papel de vítimas dos outros e do destino, e assumindo o controle sobre nossas vidas.
Exemplificando o primeiro componente dos quatro, a fisiologia. Ao observarmos alguém que se sente deprimido, descrevemos a seguinte postura corporal, ombros e cabeça caídos, olhar baixo e vago, respiração profunda e mais lenta, movimentos corporais lentos e para dentro, fala escassa, e aspecto de falta de energia e vitalidade. Este padrão é o correspondente físico do quadro emocional, já que não existe separação entre corpo e mente. Se uma pessoa nesta condição olhar para cima, respirar mais rápida e superficialmente, endireitar suas costas, elevar e abrir seus ombros, mover-se rapidamente, e, por exemplo, caminhar e tomar sol, certamente modificará sua fisiologia, o que afetará também em seu emocional, diminuindo conseqüentemente os sintomas depressivos.
Pensemos no que disse Huberto Rhoden: "O homem pode ser feliz no meio do sofrimento, assim como pode ser infeliz no meio do gozo ", e também: "Sem o encontro consigo mesmo, nenhum homem realizará o seu encontro com Deus".
O segundo componente dos quatro, é a linguagem. Diz o ditado indiano, “Quando falares cuida para que tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio". A linguagem é uma habilidade que o Homo Sapiens adquiriu com a evolução do sistema nervoso. Ela possibilitou a comunicação, o registro das experiências humanas, que criou a história e nos diferenciou das demais espécies, além da evolução tecnológica. Na técnica somos gigantes, mas emocionalmente ainda estamos longe do necessário, e observamos com tristeza a repetição dos erros históricos em novas roupagens, mas isto é história para outro texto. O ponto onde quero chegar é que a maneira como nos comunicamos, com os outros e conosco, gera diferenças cruciais nos nossos sentimentos, ações e resultados. Exemplificando, quando passamos por uma vivência que não foi bem sucedida geralmente fazemos as seguintes perguntas: "Por que isto sempre acontece comigo?" ou "Como é que sempre atraio este tipo de pessoa, ou de relação?". O problema é que as perguntas que fazemos determinam a qualidade das respostas que obteremos. Ao fazê-las acessamos nosso banco de dados mental, que reune todas nossas experiências vivenciais desde o útero materno, e também as da humanidade, os arquétipos, os “memes” e informações ancestrais em nosso DNA, e daí então encontramos uma resposta adequada para as questões elaboradas.
Neste exemplo as respostas poderiam ser "Porque você merece, ou porque as coisas são assim mesmo" ou qualquer outra que justifique a experiência. Se você mudar a linguagem, e fizer perguntas voltadas ao resultado que deseja, a experiência se transforma. Ao constatar a repetição de alguma vivência infeliz você pode se perguntar: "Como agirei daqui para frente para modificar este padrão?" ou "Que tipo de pessoa tenho de me tornar para atrair uma relação como a que quero para mim?". Consultaremos o mesmo banco de dados mental, mas com um "mecanismo de busca" diferente, acessando respostas diferentes.
Modifique seu padrão de linguagem. Comunique-se cuidadosa e amorosamente, consigo e com os outros, e observe a mudança em suas relações e seus resultados. E lembre sempre que o futuro não tem relação com o passado. Mahatma Ghandi disse: "O futuro dependerá do que fizermos no presente". O terceiro componente é o foco ou aonde colocamos nossa energia e nossa atenção e é o que determinará o que atrairemos. Buda disse: "O que somos é a conseqüência do que pensamos". O foco de nossa atenção determinará os resultados que conseguiremos na vida.
Há um pressuposto na PNL que anuncia: "A energia flui para onde a atenção está". Imagine um fotógrafo numa festa, e ele focaliza com sua máquina um casal num canto, brigando, discutindo e fica a festa toda fotografando este casal. Se perguntarem para ele, como foi a festa, dirá que foi muito triste,as pessoas brigaram discutiram, não se entenderam. Se por outro lado ele focalizasse um casal apaixonado, rindo, se divertindo, e após fizessem a mesma pergunta, ele responderia animado que foi uma festa ótima. Havia entendimento, amor no ar. Além disso, há o recurso de zoom, que aumenta aquilo que focalizamos.
Com a vida é a mesma coisa. Aquilo em que focalizamos nossa atenção será como um filtro e atrairá nossa energia. Se somente focalizarmos e percebermos o que é ruim, problemas, doenças, carências, isto é o que será ressaltado e o que vivenciamos. Já se nos conectarmos às coisas boas, felicidade, amor, oportunidade, é nisto que "esbarraremos" em nossas vidas. E ainda achamos que tudo ocorre por acaso.
Quando uma criança machuca o dedo e você mostra a ela um balão ou pássaro no ar, e a dor parece sumir, alguns fatos acontecem em sua fisiologia. Primeiro, ela teve o foco de sua atenção modificado, segundo, saiu da vivência corporal da dor e da sua emoção, para uma visualização, o que quebra o padrão sensorial da dor. A obra "O Segredo" que atualmente faz grande sucesso, evidencia o poder do foco da atenção para a conquista de objetivos, desde os materiais até os emocionais e espirituais. É a universal “lei da atração”. Surpreendemos-nos sempre que perguntamos a alguém o que ela realmente deseja para sua vida, e ela começa a falar aquilo que não deseja! Por focalizar o que não quer, ela obtém exatamente isto! Faça a seguinte experiência. Não pense num fusca vermelho com o teto azul. Você conseguiu? Claro que não. O negativo não existe no campo da experiência. Primeiro você pensa naquilo que não quer, para depois tentar negar, mas aí já é tarde.
Quando queremos algo, devemos pensar exatamente naquilo que queremos, criar uma conexão mental com a realidade ainda virtual para atrair e gerar o que desejamos.Toda realidade primeiro existiu em nossa mente. Porem não adianta somente pensar positivo. A PNL ensina que devemos utilizar estratégias adequadas para atingir nossas metas, de maneira efetiva
O quarto componente são crenças, e conhecemos o poder transformador sobre a vida que as crenças poderosas produzem. Crenças são princípios que nos orientam, quer tenhamos conhecimento delas, ou não, e proporcionam significado e direção em nossas vidas. São filtros através dos quais percebemos o mundo. São comandos diretos ao nosso cérebro, de como representar o que está ocorrendo. John Stuart Mill, filósofo inglês escreveu: "Uma pessoa com uma crença é igual á força de noventa e nove que só tem interesses". As nossas crenças limitantes podem ser tão devastadoras quanto as crenças plenas de recursos podem ser fortalecedoras e abrir as portas para a excelência.
Quando você acredita que algo é verdade, entra num estado físico e emocional que lhe direciona para obter tais evidências. Tratadas da maneira certa, as crenças podem ser as mais poderosas forças para criar o bem em nossas vidas, liberando ou criando os ricos recursos que estão dentro de cada um de nós, nos orientando para apoiar nossos resultados desejados. Pessoas sem crenças positivas são como barcos sem leme ou motor. Com crenças orientadas fortes, podemos agir e criar o mundo no qual desejamos viver, pois elas nos ajudam a focar o que queremos e nos energizam para obtê-lo.
Podemos mesmo dizer que a história humana é a história da crença humana. As pessoas que mudaram o mundo, Cristo, Buda, Maomé, Colombo, Einstein, através de suas próprias crenças, mudaram as nossas crenças a cerca da realidade.
No nível fisiológico as crenças, que são representações internas congruentes, controlam nossa realidade. Uma pessoa num estado alterado de consciência ou transe profundo, ao ser tocada com um pedaço de gelo, representado para ela como um pedaço de metal quente, sofre de uma queimadura com bolha no local. Não conta a realidade, mas a crença, que não é questionada pelo sistema nervoso.
A crença é um estado, uma representação interna que governa o comportamento, seja ela positiva ou limitante. Quer você diga que pode ou não pode realizar alguma coisa, você está certo. Sendo assim, fica uma questão fundamental: Qual espécie de crença é melhor ter, e como desenvolvê-la? As crenças podem ser escolhas feitas conscientemente, e o segredo é escolher crenças que contribuam para o sucesso e os resultados desejados, e descartar as que vão no caminho contrário. Existem métodos para fazê-lo. Não há nada de estático, intelectual ou separado da ação numa crença, é ela que determina quanto de nosso potencial seremos capazes de liberar.
E de onde vem nossas crenças? Por que algumas pessoas tem crenças que as alavancam para o sucesso enquanto outras tem crenças que as jogam no fundo do poço? Você tem alguma idéia? Trazemos conosco uma série de crenças apoiadoras e um outro tanto de crenças negativas, com relação ao mundo, as pessoas, e a nós próprios. Elas nos direcionam para os resultados que obteremos, criando nosso destino, embora raramente o percebamos.
As crenças foram codificadas linguisticamente em nossos cérebros, ou seja, através da linguagem é que aprendemos a acreditar nos valores que determinam nosso comportamento. Sendo assim, existe a possibilidade de também através da linguagem, reprogramá-las, ou recodificá-las em nosso cérebro. Pense por um momento como está sua relação com as pessoas. Ninguém pode fazer você se sentir infeliz ou inferior. A escolha é sempre sua. Se alguém provoca em você a sensação de inferioridade ou infelicidade, ou qualquer outra, tem a sua permissão. Você sabe como se treina uma pulga? coloque-a dentro de um jarro e feche-a. Ela pula, bate na tampa do jarro e volta, várias vezes até que "aprende" que não adianta então passa a pular numa altura menor, sem bater na tampa. Agora você pode tirar a tampa que ela ficou condicionada e não irá pular para fora.
Nós humanos também temos uma série de condicionamentos programados em nosso sistema integrado corpo mente, e geralmente não nos damos conta disso. Quantas tampas de jarro você ainda conserva em sua vida? Ouvimos centenas de milhares de "nãos" em nossa infância, certamente muitos necessários, mas no impacto que causam também contou a maneira e a intenção como foram ditos. É importante entender que quem determina até onde irá, baseado em suas crenças, é somente você. O seu valor, sua auto estima, o que lhe acontece, o mundo exterior é um reflexo do seu mundo interior.
Para mudar, é preciso usar seu cérebro de modo diferente do que está acostumado. Se você focar e vivenciar sucesso, ou amor, é o que encontrará no mundo. O mesmo se você focar em doenças ou desgraças.
William James, um dos maiores psicólogos e filósofo americano afirmou que a mais importante descoberta dos últimos cem anos no campo do desenvolvimento humano foi que antes se pensava que para agir era preciso primeiro sentir, hoje se sabe que se começamos a agir,o sentimento aparece. Ele resumiu essa descoberta em uma frase: "O passarinho não canta porque está feliz, ele está feliz porque canta". Se você sente-se triste, e começa a mover-se, agir de um jeito quando está feliz, pensar nas coisas que pensa quando está feliz, sua fisiologia modifica-se, e então seus sentimentos também.
A maioria das pessoas diz, “o dia em que eu me sentir bem, vou fazer isto ou aquilo”. O caminho deve ser inverso, comece a agir, e daí os sentimentos começarão a mudar dentro de você. A intenção sem ação chama-se ilusão. Daí dizemos que aquela pessoa vive de ilusão, sempre pensando, e nunca agindo. Quando o pai do pequeno João explicou ao filho que a maçã que ele estava comendo veio de sementes iguais àquelas dentro da maçã, e que aquelas sementes se cultivadas seriam também maçãs, nunca laranjas ou bananas, o menino perguntou se as maças iriam ser tão doces quanto á que ele acabara de comer. O pai explicou: depende, poderá ser doce ou azeda, grande ou pequena, macia ou dura, dependendo da chuva, da terra, do vento, do sol, do calor ou frio, do cuidado que ela tiver durante o crescimento. Assim é com as pessoas, só que a grande diferença é que as maças são colhidas na macieira, que está presa ao solo por raízes, e nós temos nossos pés. A planta precisa das condições do solo, do clima dos nutrientes, enquanto nossos pés podem nos conduzir para um terreno mais adequado. Podemos escolher e produzir condições mais favoráveis para o nosso desenvolvimento pessoal, a decisão de reclamar das condições ou buscar novo solo na nossa existência, depende de cada um de nós.
Aproveite a oportunidade, ela se chama “Vida”.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Reflita sobre o sentimento do outro na relação afetiva

por Rosemeire Zago

Praticamente todos os dias recebo e-mails solicitando ajuda referente ao relacionamento afetivo. O que não é diferente no consultório. Mas sempre que fazemos uma queixa tendemos a ter a percepção apenas do que nós sentimos, raramente avaliamos o que o outro sente, sequer perguntamos, sequer o ouvimos. Ao ler o e-mail que repasso abaixo, percebi que muitas vezes o outro, a quem muitas vezes julgamos como insensível, sem amor, etc, também sofre, e muito, e com a intenção de proporcionar uma reflexão estou dividindo com você.
"Tenho pensado muito em tudo que tem acontecido. A vida da gente começou numa explosão de paixão, e muito pouco conhecimento um do outro. Passei boa parte da vida sendo cobrado pelas pessoas, no trabalho, em casa, na rua, na cama, no banho, no travesseiro, e agora, por nosso relacionamento. Aquilo que somos hoje é o resultado de uma vida, que nos deixa sequelas, às vezes passageiras, às vezes irreversíveis, e outras ainda demoram para que se volte ao normal.

Talvez pela falta desse histórico que temos um do outro, seja difícil a sua compreensão daquilo que resulto hoje. Mas isso não é problema seu. É meu. Para piorar, tem acontecido várias coisas, desrespeito no trabalho, falta de grana, sentimentos de culpa, autoestima baixa e nossas constantes brigas, indiferença.
O limite da dor, das sensações do corpo e do espírito é diferente para cada ser humano. Além do mais, depende do momento em que cada um se encontra. Uma caixa com uma laranja, não pesa nada, mas uma caixa com mil laranjas, pesa muito. A diferença está aí, para o espectador, aquele que nos vê de fora, jamais poderá enxergar o que há dentro da caixa, com isso, cada fato que acontece, para o espectador será apenas uma laranja. Mas este não tem ideia do quanto essa caixa está pesada para o outro, e essa simples laranja, pode ser o limite para que o outro venha ao chão. A culpa? Não é de ninguém. São apenas bagagens que adquirimos durante a vida, consequências, ou não, de escolhas que fizemos, e que lentamente e dentro do possível, vamos nos desfazendo delas, ou não. Há coisas que vamos carregar para sempre independente de nossa vontade, podemos até ignorá-las, mas estarão sempre lá.

Duas pessoas, já em idades avançadas quando se unem, dificilmente estarão com suas caixas vazias, apesar disso, a tendência será de olhar para o outro, como se este fosse mais forte, como se a caixa do outro estivesse mais vazia. É natural nos voltarmos para nossa caixa, só nós sabemos o quanto ela pesa e há quanto tempo estamos suportando o seu peso. O nosso companheiro, por mais que nos ame, terá apenas uma vaga noção desse peso. Porque cada ser é único e a dor que sentimos é intransferível. Nosso companheiro poderá ter por nós compaixão e respeito, mas a nossa dor, ele já mais poderá sentir. E na ânsia desvairada de buscar os nossos anseios, estamos nos afastando cada dia mais.

Nada estamos fazendo além de nos acusarmos. Mais do que nunca estamos olhando cada um para si próprio, acreditando que com isso estamos lutando pelo amor. Ao contrário disso, estamos lutando pela nossa desunião. Estamos tentando transformar um ao outro, perdendo o respeito, e isso não é um bom sinal. Para que uma relação dê certo é preciso um esforço de compreensão muito grande, o que nem sempre estamos dispostos, vai depender do quanto cada um está cansado, machucado. Independe do nosso amor pelo outro. É uma questão de sobrevivência.

Não consigo ser aquilo que você almeja, e até acho que estou muito longe disso. Sinto que estou sempre te deixando triste, por mais que pense estar fazendo mais e mais por você. Mas nada tem sido suficiente. Tenho certeza que você não está feliz. Que você esperava de mim um outro homem, que não sou e tenho certeza nem serei. Seu príncipe encantado está muito além de mim. Eu não consigo dar o que você quer. Não sei o quanto sua caixa está pesada, mas sei o quanto a minha está. Estou muito cansado, não sei se tenho forças ainda para continuar, já me machuquei, fui machucado e me deixei ser machucado demais. E também não quero mais machucar. Sim, nos gostamos, mas não dá pra continuar nos machucando. Não quero ser cobrado além do que eu me cobro e nem além do que eu posso dar. Não quero fazer ninguém infeliz, mas também não quero ser infeliz.

Desculpe-me pelo desabafo, mas é que estou chegando no meu limite e não estou conseguindo ver uma luz. Isso me deixa muito triste, me põe mais para baixo e faz com que eu me sinta muito incapaz. Estou a cada dia mais irritado e sem paciência, tenho noção clara disso. Talvez o único caminho seja o respeito um pelo outro. Aceitar mais, cada um como é, com seus limites, defeitos e qualidades. E se isso não for possível, pelo menos sejamos corajosos para admitir, que somos muito diferentes, e apesar do que sentimos um pelo outro não conseguimos estreitar nossas diferenças. Será mais honesto e melhor do que ficarmos aumentando as nossas feridas. Já sofremos bastante na vida, se não dá para ser feliz, que pelo menos estejamos em paz."
Espero que esse desabafo te faça refletir sobre sua própria vida, sua relação afetiva. Você verbaliza o que sente? Você realmente ouve o outro? O que você gostaria de dizer e tem guardado dentro de você? Que tal se ouvir e depois ouvir ao outro? E juntos pensarem num possível caminho? Qual o caminho que vocês seguirão? Isso só vocês dois podem descobrir. Abra-se para essa possibilidade. Uma relação é feita por duas pessoas, e a decisão em como vivê-la também deve ser um compromisso assumido pelos dois!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ansiedade demais pode pôr tudo a perder!

:: Rosana Braga ::

Não existe felicidade sem nenhuma ansiedade. A ansiedade é fundamental para nos despertar o desejo de fazer, de conquistar, de conseguir, de seguir adiante, apesar de todas as dificuldades que possam surgir.

Portanto, ainda que a ansiedade venha sendo considerada – inadvertidamente – um sinal de desequilíbrio, há que se averiguar, antes, a intensidade do sentimento. Uma pessoa sem nenhum grau de ansiedade torna-se dona de uma apatia indesejada.

Há que se querer algo, que se desejar alguma coisa para que a vida ganhe sentido. Este é o papel da ansiedade: ânsia, espera, desejo. Sentimento que motiva a busca de cada um e que, por isso, possibilita-nos chegar onde queremos.

E não estou falando de desejos mirabolantes, de esperas milagrosas, de ânsias que beirem o impossível. Pode ser bastante gratificante aprender a desejar exatamente aquilo que está muito próximo do que já se tem.

A questão é que muitas pessoas acreditam que precisam desejar algo grande demais ou que esteja longe demais para somente então valer a pena. Nem sempre! Muitas vezes, aprender a desfrutar aquilo que está bem do nosso lado é um ganho incomparável.

Sempre que estiver em um dos extremos, você estará fora da realidade.
Buda

Esta sábia frase de Buda, sobre a qual ele edificou todo o seu precioso ensinamento, mostra justamente que, se você não sentir ânsia alguma ou, por outro lado, sentir ânsia demais, algo estará seguramente errado!

Do mesmo modo que defendi a necessidade de alguma ansiedade, desejo advertir sobre o excesso deste sentimento, assim como o de qualquer outro.

Fome demais nos rouba a capacidade de escolher os alimentos por sua qualidade ou seu sabor, assim como ansiedade demais nos priva de avaliar as circunstâncias com a atenção e o cuidado que poderiam nos salvar de perigosos enganos.

Então, a questão é: como lidar com este sentimento que, vezes ou outras, nos invade com tal intensidade que chega a causar grandes desastres?

Como agir quando a ansiedade parece ocupar todo o espaço dentro da gente? O que fazer e no que pensar quando este sentimento direciona todos os nossos pensamentos e todos os nossos desejos para uma única direção?!?

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade já se tornou um transtorno para mais de 10 milhões de pessoas, somente no Brasil. Portanto, embora nem sempre este sentimento seja doentio, é certo que algo precisa ser feito para que não se chegue a este ponto. O primeiro passo precisa ser dado!

Como? Tornando-se consciente! Você não pode ajudar uma pessoa desesperada se entrar no desespero dela. Você precisa segurá-la em seus braços e olhar para ela. Olho no olho, precisa trazê-la de volta para a realidade e ela retomará a verdadeira dimensão dos fatos.

Lidar com a ansiedade excessiva é como lidar com uma pessoa desesperada. Ou seja, de nada adiantará você tentar brigar contra um desejo que insiste em tomar conta de você, pois ele só aumentará e se tornará cada vez mais forte e difícil de ser administrado.

Se você se mantiver ansioso demais, muito provavelmente fará escolhas sem parâmetros reais. Portanto, é preciso parar de brigar com o pensamento que te incomoda e concentrar-se no exercício de administrá-lo. O intuito é resgatar os níveis saudáveis de ansiedade para que nenhuma atitude seja tomada sem equilíbrio. Compreender por que é que você está se tornando refém de um sentimento é, certamente, um ótimo começo para que você consiga elaborá-lo.

E lembre-se: qualquer exercício serve para nos tornar melhores quanto mais o praticamos. Não desista e terminará se tornando perito em reencontrar seu ponto de equilíbrio, evitando grandes e desastrosas bobagens!

terça-feira, 12 de maio de 2009

PESSOAS SENSÍVEIS

::Autor Desconhecido::


Nenhum de nós pode escolher as coisas que nos acontecem, algumas boas, outras más. Mas todos podemos escolher nossa resposta às coisas que nos acontecem. Você não é prisioneiro das reações.

Algumas pessoas dizem que são muito "sensíveis", que se magoam facilmente, que se decepcionam com amigos, colegas e família e com aquilo que outros dizem ou fazem. Tais pessoas, que se dizem "muito sensíveis" na verdade não têm muita sensibilidade. Pessoas sensíveis - por definição - são capazes de obter uma gama maior de informações sensoriais e emocionais vindas de outros e, portanto, geralmente são muito mais compreensivas, calmas e raramente se desapontam com os comportamentos alheios, exatamente porque sua sensibilidade aguçada mostra mais do que as aparências, evitando que se desapontem.

Além disso, pessoas sensíveis jamais dizem que são sensíveis.

Então o que são aquelas pessoas que a todo momento se definem como sensíveis, que ficam deprimidas por razões aparentemente pequenas e cujos dias são destruídos por uma advertência do chefe, por uma crítica dos colegas, por uma frase mal construída de um membro da família?

Elas não são sensíveis? Não. Tais pessoas são reativas - o contrário de sensíveis. Pessoas reativas não pensam. Ou melhor, pensam que pensam, quando somente reagem emocionalmente a qualquer coisa, sem refletir, sem controlar, sem observar o todo, como crianças.

Todos nós somos reativos, vez ou outra, mas conforme amadurecemos nos tornamos menos reativos e mais sensíveis, já que escolhemos nossas respostas.

Quando somos crianças, simplesmente reagimos - o que é natural -, por isso, adultos reativos são, normalmente, acusados de um comportamento infantil e birrento.

Uma pessoa sensível, por obter mais informações que estão à sua volta, raramente perde o controle, mesmo quando atacada porque, sendo sensível, ela observa e e-s-c-o-l-h-e a melhor r-e-s-p-o-s-t-a.
Raramente reage, como um animal faminto faria. Você não tem o poder de escolher aquilo que te acontecerá hoje, amanhã ou depois.

Mas você tem o poder de escolher a melhor resposta a tudo o que vai acontecer. Resposta não é reação. Reação é sinônimo de programa automático. Resposta é sinônimo de escolha.

Seja mais sensível, esta semana, evitando dizer a primeira coisa que lhe venha à mente, mesmo que seja algo que você diz pra você mesmo.
Escolha as palavras, escolha os pensamentos, escolha as respostas, fugindo da armadilha que torna a vida das pessoas reativas sempre dependente de cada problema que acontece.

E observe aqueles que dizem que são "sensíveis".

Olhe o comportamento dessas pessoas.

Você verá que elas são completamente dependentes dos humores de outros e dos acontecimentos externos. Elas simplesmente reagem por mais que racionalizem e se enganem, afirmando que suas reações são causadas por sua suposta sensibilidade. Sempre apresentarão razões para suas dores e tristezas, mas ainda assim estarão somente reagindo.

Você tem o poder de escolher aquilo que é melhor. Você pode!
Porque, como afirma Stephen Covey:

"Entre o que acontece comigo e minha reação ao que acontece comigo, há um espaço. Neste espaço está minha capacidade em escolher minhas respostas e definir meu destino".

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Respeite seus limites e avance um passinho de cada vez. Já é muito!

por Patricia Gebrim



A aula de yoga tinha começado há alguns minutos. Eu já tinha feito os exercícios de respiração e agora estava há séculos, ou melhor, há milênios, parada em uma posição estranha, a perna desconfortavelmente suspensa no ar, tremendo como uma vara verde enquanto, corajosamente, tentava relaxar e colocar a palma da mão no chão, como se isso fosse possível! Na verdade, sei que é, embora eu ainda não tenha esta capacidade.
"Não podemos controlar a vida, essa é a verdade. Mas podemos nos dispor a fazer o melhor com o que quer que venha dela. Podemos mudar o que é possível, aquilo a que temos acesso, sem negar ou distorcer a realidade. Podemos dar um passinho de cada vez, isso podemos. Podemos nos tornar um pouco mais conscientes, um pouco mais atenciosos, um pouco mais amorosos... um pouco já basta... um pouco por vez, com persistência, se torna muito"

No meio daquela eternidade, fui percebendo muitas coisas, coisas que aprendemos muito melhor quando são contadas por nosso próprio corpo. Fui aprendendo a compreender que minhas mãos mal chegam à altura dos joelhos, e que tocar o chão estava muito além do que era possível naquele momento. Fui percebendo a importância da gentileza que precisamos ter conosco em momentos assim, fui aprendendo a reconhecer meus limites, aprendendo que naquele momento eu não podia negá-los ou vencê-los.

Precisava aceitá-los, era a minha única chance de não morrer de cãimbra ou ser expulsa da escola por ter dito palavrões ou gritado de dor como uma alucinada!
Ah, como é difícil a gente se dar conta de que o mundo não é exatamente como gostaríamos que fosse... No meu mundo perfeito eu seria capaz de tocar graciosamente com a testa no joelho com um sorriso pacífico nos lábios... nada parecido com a lata enferrujada e desgovernada que eu me sentia naquele momento!
Ah, quanto tempo e energia desperdiçamos tentando manter em pé castelos feitos de areia, tentando fazer esculturas de água, bolinhas de vento, tentando moldar o mundo às exigências de nosso ego pequeno e teimoso que acredita que pode fazer o que bem entender. Quanto tempo e energia gastamos tentando prever o futuro, impedir que coisas aconteçam, ou ainda tentando fazer com que outras coisas aconteçam, de forma a nunca sofrermos um arranhão sequer.
Quanto tempo perdemos evitando o sofrimento, negando a realidade, fugindo da verdade que tememos ver, como se ao fechar nossos olhos pudéssemos fazer desaparecer o que nos atormenta. Quanto tempo e energia gastamos tentando inventar uma realidade, sem lidar com o que está ao nosso redor, como se assim pudéssemos evitar a dor.
Quanto sofrimento vivemos ao tentar controlar o incontrolável, ao tentar ser perfeitos neste mundo onde tudo tem ao menos uma aresta, uma borda, um risco na superfície lisa que reflete nossa própria imagem.
Quanto tempo perdemos lutando com a nossa imagem no espelho...
Se parássemos de fazer tanto esforço em negar a realidade, se estendêssemos a mão ao mundo como o mundo é, se o abraçássemos como abraçamos um amigo que é querido mesmo com suas imperfeições... o mundo nos abraçaria de volta, eu sei.
Se parássemos de lutar, por um instante sequer, se parássemos de nos lamentar pelas coisas que não saíram como queríamos, se parássemos de sentir pena de nós mesmos, se aceitássemos que faz parte da vida sentir na pele uma ou outra frustração... ficaríamos em paz. E essa paz se estenderia ao nosso redor como uma imensa tela em branco onde poderíamos pintar o mais belo quadro.
A vida não vai mudar ao nosso redor porque assim “exigimos” que o seja, como faz uma criança teimosa e birrenta... mas... talvez... se formos capazes de amar a vida mesmo com suas imperfeições, ela aos poucos se derreta em nossos braços, permitindo que uma forma mais harmoniosa de viver surja quase sem esforço algum...
Não podemos controlar a vida, essa é a verdade. Mas podemos nos dispor a fazer o melhor com o que quer que venha dela. Podemos mudar o que é possível, aquilo a que temos acesso, sem negar ou distorcer a realidade. Podemos dar um passinho de cada vez, isso podemos. Podemos nos tornar um pouco mais conscientes, um pouco mais atenciosos, um pouco mais amorosos... um pouco já basta... um pouco por vez, com persistência, se torna muito.
Um pouco mais de fé, um pouco mais de presença, um pouco mais de verdade.
A vida tudo nos dá quando lhe ofertamos esse pouco... ela se enternece e vai cedendo aos poucos também, como em uma dança. Mas se quisermos forçá-la...se quisermos impor-lhe nosso ritmo, se a aviltarmos com nossas exigências infantis, a vida passará direta e exigente por nós, acreditem.
Eu expirei nesse momento e, permitindo que todo o ar saísse de meus pulmões, que todas as verdades pré-concebidas me abandonassem, vazia de tudo... consegui descer um pouco mais minhas mãos, meio centímetro talvez! Fiquei feliz... estou meio centímetro mais perto do chão. Um dia eu chego lá!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

As cores e os alimentos, suporte contra as doenças.

por Étis Tânia M. Tonello Martins


Nos estudos sobre a saúde, a alimentação é apontada como o meio mais importante para termos um corpo saudável. Em algumas culturas, para ter um organismo saudável é necessário utilizar os cinco elementos da natureza como o princípio para a vida: a água, o fogo, a terra, o metal e a madeira.


Com a análise desses cinco elementos da natureza, também cinco órgãos são considerados os centros vitais para uma vida saudável: coração, fígado, rins, pulmões e baço. Cada um desses órgãos tem relação com uma cor que ao serem utilizadas possuem um grande poder energizante para uma vida melhor .


A cor VERDE é a cor da saúde que fortalece o FÍGADO, equilibra e acalma as pessoas, proporciona leveza ao organismo e é encontrada em alimentos que correspondem geralmente aos vegetais como: folhas verdes, ervilha, espinafre, vagem, brócolis, alface, couve-manteiga, agrião, rúcula, também abacate, kiwi, pêra, lima, carambola ...


A cor AMARELA é a cor da força e está ligada ao BAÇO e fortalece a mente e regulariza os órgão da região abdominal ,pois as cascas dessa cor são ricas em zinco, fósforo,cromo e vitaminas A,D e C. São as frutas como o abacaxi,mamão,melão,banana,limão,maracujá, cebola,milho, abóboras,batatas,aipim, os cereais integrais,soja,mel, manteiga, farelo de trigo, chás ....Como vemos é a cor mais completa entre os alimentos.


A cor VERMELHA é o centro vital do organismo e está ligada ao CORAÇÃO e à circulação sanguínea. É a cor do ânimo. Pessoas desanimadas não gostam da cor vermelha. Esta cor fortalece o físico e o mental e os alimentos são ricos em proteínas e minerais, entre eles o tomate, groselha vermelha, maçã, morango, cereja, ameixa, amendoim, nozes, carnes vermelhas, feijão vermelho, pitanga, pimentão vermelho, goiaba vermelha, melancia, acerola....


A cor AZUL acalma o SISTEMA NERVOSO, auxilia a glândula tireóide, garganta, facilita a comunicação, expressão, renovação das células e purifica os pulmões. Os alimentos ligados à cor azul são alimentos que purificam o sangue e agem como anti-sépticos. Proporcionam ao organismo o ferro, cálcio, cobre, potássio e manganês. Como: aspargo, uva passa, amoras, batata roxa, peixes de águas profundas, alcachofra ...


A cor LARANJA é a cor da FELICIDADE. Abrange toda a região abdominal. Para as pessoas que precisam de incentivos esta cor é excelente pois proporciona uma maior vitalidade e incentiva a agir. Entre os alimentos temos as frutas cítricas, ricas em vitamina C que devem estar na alimentação diariamente, como a laranja, cenoura, tangerina, damasco, manga, caqui, pêssego, cajú...


A cor LILÁS é a cor da purificação, da espiritualidade e da fé em algo superior. Como também o azul e o índigo, que são cores escuras, o lilás é uma cor que governa a parte superior do cérebro, o terceiro olho e a intuição. São os alimentos relacionados a esta cor: a berinjela, a beterraba, repolho roxo, amora preta, batata roxa, uva roxa, jabuticaba, figo, ameixas escuras ...


A cor BRANCA está ligada aos PULMÕES, representa a pureza. Traz clareza às decisões, reanima a criatividade. São alimentos ricos em proteínas, cálcio, fósforo e iodo como: leite, côco, queijos, yogurtes, carnes brancas, algas, rabanete, nabo, acelga, ovos ...


A cor PRETA está relacionada aos RINS, mas é pouco trabalhada, pois é uma cor neutra. E os alimentos correspondentes são feijão preto, figos escuros, amoras escuras ...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Drama... ou Luz

:: Rubia A. Dantés ::


Acho que todos nós, de uma forma ou de outra, temos... ou já tivemos, uma quedinha para alimentar certos dramas em nossas vidas... cada um no seu tema... e geralmente esse ponto é justamente o que não conseguimos perceber.
Mas quando nos dispomos a nos conhecer melhor, sempre encontramos pessoas ou situações que servem como espelhos que retratam perfeitamente tudo aquilo que não conseguimos ver em nós mesmos.

Por isso... quando alguém nos incomoda a ponto de nos tirar do sério... é bom que a gente observe com cuidado, porque aí pode estar uma chave preciosa para nos revelar mais um pouco sobre aquelas partes nossas que precisam vir à Luz...

Quem nunca viveu situações nas quais um “drama” foi tão alimentado que acabou se tornando uma barreira quase intransponível no caminho...

Por isso... nesses tempos que estamos tendo a oportunidade de viver... quando todos os minutos são preciosos... é bom que a gente fique bem atenta para não se deixar levar pelos dramas... nossos e do outro...

Os problemas existem e isso não temos como negar... mas cabe a cada um torná-los maiores e cada vez mais próximos... ou dissolvê-los na Luz...

Uma das coisas que faz com que os problemas aumentem e tomem proporções enormes é a mania que muita gente tem de dramatizar a vida... e de sustentar esses dramas... sem nem perceber que ao fazer isso elas na verdade não querem encontrar soluções para eles.

Pode parecer estranho... mas tem gente que adora dramas... e não é coisa rara não...
Também os noticiários só enfatizam esse lado... Esse aspecto que nos puxa tanto para baixo... para uma vibração onde as soluções ficam cada vez mais difíceis...

Existem pessoas que adoram estar na posição de “coitadinhos” porque é a única maneira que encontram para conseguir um pouco de atenção... e acabam criando situações onde vão ser sempre vítimas indefesas...
Alimentar os dramas... nossos e dos outros, além de nos tirar grande quantidade de energia, nos deixa de baixo astral... e só atrasa o nosso caminho.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O rótulo compromete nossa percepção do outro

por Angelina Garcia

Se mesmo antes de conhecermos uma pessoa, alguém nos fala sobre ela; no primeiro encontro, a tendência será procurarmos em suas atitudes sinais que correspondam à imagem pré-construída. Da mesma maneira lidamos com os rótulos dados àqueles com quem nos relacionamos; em tudo o que falam ou fazem, encontraremos algo que justifique o chato, o bobo, o infantil, o metido, o irritado, seja qual for.

Quebra de rótulos - "Ao se empenhar para o sucesso da relação, ele evita os pontos que já conhece como vulneráveis do colega; assim como observa o que, durante a interação, provoca-lhe alterações de humor, podendo conduzir o diálogo de maneira mais aproveitável e menos desgastante" Tomemos "o irritado" como exemplo. Já paramos para pensar em que circunstâncias ele foi rotulado? Bastou ter se alterado duas ou três vezes com a mesma pessoa, ou uma vez com pessoas diferentes? Carrega uma enorme responsabilidade ou pressão no trabalho? Enfrenta questões pessoais que o têm deixado mais sensível? É impaciente apenas com o que considera desperdício de tempo? Ou realmente tem o pavio mais curto do que se espera da maioria?

Suponhamos que você vem tratando o seu superior imediato como "uma pessoa irritada". Significa que em todo contato entre vocês haja uma tensão maior que a normal. Quem se aproxima de "o irritado", em condição subalterna, vai medir as palavras, ou mesmo deixar de dizer o que precisa ser dito. Aliás, já chega com medo da sua reação, o que é percebido por ele, gerando-se, então, um clima desagradável.

Pode ocorrer, ainda, um desvio na comunicação, quando, ao contrariarem a expectativa do interlocutor, as colocações do superior, tomadas como resultado de sua irritação, perdem seu real valor. Mesmo que não se mostre irritado naquele momento, tudo o que diz vem impregnado pela forma como ele é visto. E, desse modo, o outro se isenta da responsabilidade sobre os sentidos produzidos na conversa.

Por outro lado, nessa mesma situação, quem procura quebrar rótulos, independente de seu grau de veracidade, poderá se surpreender. Ao se empenhar para o sucesso da relação, ele evita os pontos que já conhece como vulneráveis do colega; assim como observa o que, durante a interação, provoca-lhe alterações de humor, podendo conduzir o diálogo de maneira mais aproveitável e menos desgastante. É possível retomar com mais leveza aspectos conflitantes; atender à expectativa do outro quanto a ser mais claro, objetivo, ou fornecer mais detalhes sobre o tema em questão e acolher seu ponto de vista, mesmo que esteja equivocado, dando-lhe oportunidade para que ele mesmo perceba o equívoco, com perguntas sutis e sem intenção de ridicularizá-lo.

Ao agir assim, a pessoa estará garantindo, não só ganhos na produção, mas espaço para que o outro manifeste possibilidades encobertas pelo rótulo; além, claro, de grande prazer em exercer com sabedoria o comprometimento com uma verdadeira parceria.