sexta-feira, 23 de setembro de 2011

As estações do ano...

::Revista Bons Fluídos::



A primavera chegou : época de crescer, expandir.... época de florir... Hoje compartilho com vocês este interessante texto que explica as estações do ano de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa.

Mesmo sem saber, você está em sintonia com o que acontece na natureza. Seu corpo e sua mente sofrem a influencia de ações de forças invisíveis que atuam durante as estações do ano.

Primavera - É uma época de grande expansão e força. Mas o vento também pode nos desestabilizar e gerar desequilíbrios. Isso explica por que nesse período podem ocorrer crises de labirintite ou variação de pressão arterial, por exemplo. São igualmente comuns as enxaquecas, pois o vento está relacionado com a parte superior e mais alta do corpo. Apesar de o Sol brilhar na primavera, o vento pode trazer um frio "escondido". Um bom (e delicioso) antídoto para combatê-lo é fazer um escalda-pés à noite. A primavera também está associada ao verde, ao elemento madeira e ao fígado. Por isso, é uma boa época para comer alimentos verdes-escuros. Dentro do sistema chinês, a emoção ligada ao fígado é a raiva. Para extravasá-la de forma pacífica, procure meditar e fazer sessões periódicas de relaxamento.

Verão - Associado ao elemento fogo e ao coração, a estação é favorável para exteriorizar sentimentos e investir em atividades e encontros que trazem otimismo e leveza. Estar em sintonia com esse período é não trabalhar demais e deixar mais espaço para o relaxamento. Sopas frias e saladas equilibram o excesso do elemento fogo. Alimentos vermelhos, como pimenta, beterraba ou cerejas, apesar de relacionados ao verão, não devem ser consumidos com exagero, para não aumentar demais a energia de atividade e expansão. A umidade das chuvas está ligada ao baço-pâncreas. Nesse período, é importante manter o corpo seco e resguardado, evitando molhar-se muito. Segundo os preceitos chineses, açúcar ou alimentos muito doces geram umidade no organismo. O gengibre ajuda a esquentar e secar o corpo, ativando a circulação.

Outono - Para a medicina chinesa, o outono é um tempo cheio de paz. Está associado aos rins e ao elemento água, portanto, uma boa ideia é nadar e tomar muito líquido - especialmente sucos. O sabor picante do agrião ou das pimentas, por exemplo, além de alimentos escuros, como uvas pretas, feijão preto ou algas, correspondem ao período do frio. Uma pitadinha a mais de sal, sem excesso, pode nos harmonizar com a estação. O grande inimigo pode ser o medo. Exercícios respiratórios são muito bons para nos livrar de temores, muitas vezes infundados, que podem chegar nessa época. O enraizamento proporcionado pelos exercícios de Chi Kung também é favorável, porque devolve a segurança e a solidez, especialmente a postura que simula abraçar uma árvore, com os pés afastados e bem plantados no chão e os braços em semicírculo em frente ao plexo solar.

Inverno - O órgão associado ao inverno é o pulmão. As emoções predominantes são a tristeza, a melancolia, a depressão. É realmente uma fase de recolhimento e interiorização, em que se deve dormir cedo, acordar tarde e descansar muito. Faz bem comer sementes, os frutos do inverno: nozes, avelãs, amêndoas, castanhas. Frutas cozidas ou em calda são melhores do que as cruas. São excelentes também os exercícios em que as pernas se movimentam, como andar de bicicleta, por exemplo, pois trazem energia para combater a tristeza e dão força na base. O inverno é um bom período para ler, refletir e planejar os próximos meses. Também é momento de poupar energia. Os alimentos brancos correspondem à época: arroz, couve-flor, nabo, cebola, alho, pera. Mas, se o frio apertar, pode ser compensado com alimentos vermelhos, que trazem calor e ativam a circulação.

(Texto retirado do Blog Dicas Terapêuticas. Obrigada por esse belo texto Tatiana!)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O silêncio dos lobos

::Aldo Novak::



Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.

Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade !
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:

“Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".

Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

(O texto de hoje foi retirado do Blog Almazen, da nossa querida Mariza. Obrigada pelo texto Mariza!! Abraços, Fernanda.)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Raízes do Medo

:: Elisabeth Cavalcante ::



O medo é, sem dúvida alguma, o maior entrave para que levemos uma vida plena e feliz. Nós o assimilamos muito cedo, ainda na infância, pois, infelizmente, muitos pais utilizam o medo como arma educacional. Ameaçam as crianças com todo tipo de punição para obter obediência.
Portanto, não é à toa que nos condicionamos a temer, inicialmente o castigo, depois a rejeição daqueles de quem dependemos para sobreviver.

Não podemos culpá-los por isso, pois eles também foram educados no medo. Mesmo aqueles que tiveram uma educação mais liberal, sem tanto rigor, acabam contaminados pelo medo que predomina ao seu redor.

A sociedade em que vivemos se baseia no medo para obter o controle sobre as pessoas. Atualmente, a mídia é a principal responsável pela disseminação da energia do medo. Catástrofes e fatalidades recebem um destaque absurdamente exagerado e, quanto maior o grau de inconsciência daqueles que recebem estas informações, mais elevado será o medo.

Todos sabemos que a violência tem se ampliado nos últimos anos; ela é resultado da doença coletiva, do estado de adormecimento em que vive a maior parte da humanidade.

Aqueles que já adquiriram um grau razoável de consciência, precisam atuar como contraponto a esta energia e tentar levar um pouco de luz àqueles com os quais convivem. Mas, sem esquecer de que nem sempre será possível obter uma resposta favorável.

O despertar da consciência só acontece aos que estão prontos. Para muitos, a verdade continuará a passar despercebida, pois eles não serão capazes de enxergá-la. E não há nada que possamos fazer quanto a isto.
Mas devemos continuar tentando ampliar a corrente dos despertos, sempre e a cada dia, com a esperança renovada de que, aos poucos, mais e mais gotas se juntarão a este oceano.

"...Uma pessoa amadurecida deve desconectar-se de tudo que estiver relacionado com o medo.
É assim que a maturidade chega. Apenas observe todos os seus atos, todas as suas crenças e descubra se elas estão baseadas na realidade, na experiência, ou se estão baseadas no medo.
E qualquer coisa baseada no medo precisa ser imediatamente abandonada, sem um segundo pensamento. É uma armadura. Não posso dissolvê-la. Só posso simplesmente lhe mostrar como você pode abandoná-la.
Continuamos a viver a partir do medo - e assim vamos envenenando toda experiência. Amamos alguém, mas com base no medo: isso se deteriora, envenena. Buscamos a verdade, mas se a busca tiver base no medo, então você não irá encontrá-la.
O que quer que faça, lembre-se de uma coisa: Com base no medo você não irá crescer. Você irá apenas encolher e morrer. O medo está a serviço da morte.
...Uma pessoa destemida possui tudo que a vida quer lhe dar como um presente. Agora não há mais nenhuma barreira. Você será banhado com presentes, e tudo que você fizer terá um vigor, uma força, uma certeza, um tremendo sentimento de autoridade.
Um homem vivendo com base no medo está sempre tremendo por dentro. Ele está continuamente a ponto de ficar louco, porque a vida é imensa, e se você estiver continuamente com medo... E há todo tipo de medo. Você pode fazer uma lista enorme, e você ficará surpreso de quantos medos estão lá - e você ainda está vivo! Há infecções por toda parte, doenças, perigos, seqüestros, terroristas... E uma vida tão pequena. E finalmente existe a morte, a qual você não pode evitar. Toda sua vida ficará em trevas.
Abandone o medo! O medo foi inconscientemente adquirido por você na sua infância; agora, abandone-o conscientemente e amadureça. E, então, a vida pode ser uma luz que vai se aprofundando à medida que você vai crescendo".


Trecho extraído de: Beyond Psychology.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Primeiro, precisamos saber o que queremos!

:: Rosana Braga ::



Existe uma piadinha sobre um sujeito que entrou no elevador de um edifício e, ao ser questionado pelo ascensorista sobre para qual andar ele desejava ir, respondeu:
- Para qualquer um, senhor. Já estou no prédio errado mesmo...

Ou seja, quando não sabemos onde estamos e nem para onde estamos indo, qualquer lugar serve! E por mais absurda que possa parecer essa analogia com o quanto algumas pessoas estão perdidas, quando se trata de seus próprios desejos, pode acreditar que não é!

Muitas vezes, o desejo é tão amplo e genérico que a pessoa não consegue fazer escolhas, não consegue se sentir satisfeita com nada do que vive e a impressão que tem, na maior parte do tempo, é a de que existe um buraco dentro dela que se torna cada dia maior e mais difícil de ser preenchido.

Até faz novos contatos, conhece pessoas legais, inicia relacionamentos interessantes, experimenta momentos que lhe parecem bastante reais, mas... logo depois a sensação de que nada daquilo faz sentido retorna de forma ainda mais avassaladora.

Algumas vezes também acontece de estar vivenciando um encontro realmente especial, no qual ela se sente, enfim, parte de um todo que se encaixa, que finalmente lhe devolve aquela certeza de que depois da tempestade vem mesmo a bonança.

No entanto, sem mais nem menos, de repente, é o outro que simplesmente se desencanta e vai embora. Ou pior do que isso: sem sequer dizer o motivo ou dar qualquer explicação a que todo ser humano pensante teria direito, desaparece feito nuvem. E de novo, mais uma vez, a pessoa é remetida àquele lugar infernal onde a única resposta é que tudo se escafedeu! Assim, ridiculamente assim.

Se você já passou por isso, sabe o quanto é péssimo esse período da existência em que a gente passa a ter medo de falar, de se expressar, de respirar errado, de ir rápido ou devagar demais. Enfim, passa a acreditar que não sabe o que fazer para não estragar tudo, ou não deixar as coisas piores do que já estão...

Só que o problema é justamente esse: falta de posicionamento, de clareza, de percepção de seus recursos internos. Muito provavelmente, está faltando planejamento, uma rota detalhada que aponte o caminho pelo qual você realmente deseja seguir. E assim, perdido, você passa a entrar de prédio em prédio, de elevador em elevador, descendo em diversos andares, sem nunca encontrar a porta, a sua porta!

Para viver o amor que você deseja, as experiências que sempre quis e conseguir aproveitar o melhor da vida, você precisa, antes de mais nada, saber o que quer. Refletir, questionar-se, perceber-se, aprender a diferenciar o que são seus verdadeiros sentimentos e o que não passa de ecos gritantes de sua ansiedade é fundamental para desenhar o mapa que o levará até o seu tesouro mais precioso.

Em vez de desperdiçar seus dias e suas flechas atirando para todos os lados, pare! Aquiete-se! Ouça seu coração, sua intuição. Olhe para os lados e vá descobrindo o que realmente faz sentido para você, o que realmente o faz feliz. O resto são apenas armadilhas. Mantenha-se atento e focado naquilo que quer e desvie dos perigos que, na maioria das vezes, são nossos próprios medos transformados em dificuldades.

E assim, sem se distrair, da próxima vez que for questionado sobre para qual andar deseja ir, você saberá exatamente o que responder. Daí pra frente, a surpresa fica por conta somente de tudo de bom que poderá experimentar...