sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Feliz olhar novo!

:: Desconheço o Autor::




O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida para o trabalho? Quero viver bem.
Este ano foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas, mas também cheio de problemas, perdas e desilusões. Tudo bem. Às vezes se espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança? O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento. Chorar de dor, de solidão ou de tristeza faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial.
Que o próximo ano possa ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O ano que entra pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja! Feliz olhar novo!
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!

UM ANO NOVO CHEIO DE MUDANÇAS, SAÚDE E PAZ!

FELIZ ANO NOVO.



- Posted using BlogPress from my iPad

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Então é Natal...





Quisera Senhor, neste Natal armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes os nomes de todos os meus amigos.

Os antigos e os mais recentes. Aqueles que vejo a cada dia e os que raramente encontro.

Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os intermitentes. Os das horas difíceis e os das horas alegres. Os que sem querer eu magoei, ou sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles a quem conheço apenas as aparências.

Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos que já passaram por minha vida.

Uma árvore de raiz muito profunda para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade seja um aumento de repouso nas
lutas da vida.

Que o Natal esteja vivo em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver juntos o amor.

Feliz Natal a todos vocês, meus amigos, que acompanham o Blog!


- Posted using BlogPress from my iPad

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Esqueça o obstáculo, olhe para suas metas

:: Wilson Francisco ::




O sopro do criador torna-se pedra; a pedra converte-se em planta; a planta em animal; o animal em homem; o homem em espírito e o espírito em Deus. Frase cabalística antiga.

Ainda outro dia, eu estava refletindo e fazendo conexão sobre caminhos e decisões para uma cliente e encontrei a resposta quando me veio à mente a idéia de abrir ao acaso uma página do Minutos de Sabedoria do Carlos T. Pastorinho, que dizia o seguinte: Caminhe sempre resolutamente no sentido do seu progresso, e nenhuma voz malévola (obstáculo) chegará ao seu ouvido (caminho).

É isso mesmo: se você, na sua vida, der mais atenção ao que falam de você, perderá a noção de si mesma e dissipará suas energias. Quem sabe de você, de suas qualidades e defeitos não é o vizinho, nem o parente. Afinal, você é um ser divino, com inteligência e amor suficientes para realizar toda sua trajetória existencial.

Entendo que o Universo e nós mesmos nos plenificamos ao nascer da energia necessária para nossa jornada terrena. Se for bem utilizada, será suficiente para desenvolvermos nossa programação existencial; ou seja, todos temos combustível para ir até o fim da vida física.

Um rapaz conhecido meu estava com dificuldades para atingir suas metas no atletismo com barreiras, conversamos muito até que encontramos o real obstáculo que se interpunha entre ele e a vitória nas competições. Ele corria prestando muita atenção nos cavaletes a sua frente. Com isso, criava uma tensão extraordinária e perdia energia. Fiz então uma proposta: faça bastante treinamento até ter perfeita noção da posição dos obstáculos e corra sem se preocupar, dirigindo toda sua atenção e energia para o desenvolvimento da corrida e, além disso, faça o exercício da águia, para que você incorpore em si a leveza, audácia e rapidez dessa ave. Os resultados foram excelentes, teve mais velocidade, leveza e as conquistas surgiram.

Então, um bom caminho pode ser esse: definir as metas e buscá-las sem temor. No entanto, não dispense o exercício ou a preparação; isto é, ter sempre um processo para iniciar seu dia ou sua jornada. E o processo da águia, como tantos outros que indico no Projeto Mutação, auxilia muito.
Não, não são muletas. Porque, depois que você se acostuma com eles, poderá executar suas tarefas com desenvoltura e sem quaisquer instrumentos, pois terá automatizado em seu corpo e alma os recursos de que necessita para viver.

Costumo dizer que desde criança recebemos e arquivamos em nossa pasta mental uma variedade grande de palavras comandos, corrigendas cruéis, advertências desfibradoras que causam muita dificuldade em nossa vida. Por isso, há necessidade de se reprogramar mental e psiquicamente.

E para desfazermos os painéis mentais injetados em nossa mente, quase sempre se faz necessário uma repetição de projetos e atitudes. Mas sempre agregando a essa iniciativa a consciência de que também precisamos abrir nossos canais para que surjam os recursos que existem em nosso Universo mental e emocional; ou seja, os talentos divinos latentes em nossa alma e que no decorrer dos milênios fomos desenvolvendo ao transitar pelos variados reinos da Natureza.

E é aí, nesse momento de abertura consciencial, que o exercício da águia se torna importante, pois teremos a oportunidade de resgatar em nós a agudeza do olhar, a leveza e amplitude do vôo e a coragem de enfrentar as altas montanhas (obstáculos), porque, na verdade, já percorremos esse caminho residindo temporariamente no corpo das aves, quando ainda éramos simplesmente um Principio Inteligente no Universo.



- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crise não. Oportunidade!

::Adriana Gomes::





Todas as situações em nossas vidas têm no mínimo dois lados. Um positivo e outro negativo. Como percebemos, e mais do que isso, de que maneira lidamos com elas é que fará toda a diferença.

Pensemos então na crise, qualquer natureza de crise – financeira, familiar, pessoal, social. Todo momento de crise é uma oportunidade, uma ocasião favorável para o aprendizado. Em relação ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que desaparecem produtos e serviços, surgem novos ou se renovam.

Crises representam momentos especiais para renovação, para se desfazer do velho que não funciona mais e para que surja o novo. Podemos olhar a situação sendo vítima das circunstâncias, com um olhar pessimista e achar que estamos acabados, liquidados, que é o fim, ou entender que podemos ser agentes e que podemos agir e tirar o melhor proveito da situação.

É a oportunidade que temos de refletir, repensar, agir e reposicionar. Muita gente só tem esse tipo de atitude em situações como essa, quando são arremessados da sua zona de conforto para a zona de pânico. Crises são ótimas oportunidades para se descobrir coisas novas. A crise tira as pessoas, necessariamente da zona de conforto… e isso não é ruim!

A questão não é a crise, senão o que fazemos com ela. Que aprendizado podemos tirar desses momentos.

Comparo crises com as dores de cólicas. São cíclicas e fazem parte da vida. A pior é sempre aquela que a gente está vivendo agora. As que já passaram já foram superadas, bem ou mal. Se o problema não tem solução, já está solucionado. Agora, se tem, vamos arregaçar as mangas e começar a fazer. Ficar sentado, reclamando da vida e não fazer nada, não vai mudar nada mesmo! É preciso ter coragem e AGIR.

Você poderá se sentir refém e imaginar que não pode fazer nada. Mas pode! Todos nós podemos fazer alguma coisa, por mínima que seja para reduzir custos, melhorar o ambiente de trabalho, propor melhorias, encontrar alternativas. A necessidade é mãe da criatividade.

Outro dia mesmo, conversando com colegas, profissionais liberais, discutia-se a troca de serviços entre eles. A ideia nem é nova, pois isso é escambo, e já era praticado na idade média, mas era interessante para ambas as partes. Outra situação que vi, foi reduzir o tempo de trabalho, sem demitir, o que permite que a pessoa possa se dedicar a outras atividades no tempo que sobra e às vezes até melhora a qualidade de vida, aumentar o convívio com a família e os amigos, geralmente prejudicado pela alta carga de trabalho. Há muitas outras possibilidades surgindo. Negociações que antes pareciam pouco prováveis de acontecer são boas saídas agora. Estamos falando de adaptação, seleção natural. Viva Darwin!

Trabalho com pessoas há mais de 20 anos e posso garantir que as pessoas são capazes de fazer coisas extraordinárias. Quando definem seus objetivos, investem suas energias nesse propósito e acreditam que conseguirão, perseguem seus objetivos obstinadamente. A paralisia acontece diante do medo. O medo, portanto, é seu maior inimigo, não a crise. A crise está fora e o medo está dentro.

Momentos de crise nos permitem:

•A possibilidade de rever processos e procedimentos.
•Adaptar aos novos tempos e as necessidades.
•Flexibilizar. Abandonar posições para buscar interesses.
•Refletir que na maioria do tempo “estamos” e não “somos” (estamos gerente, estamos diretores, estamos supervisores). Rever a questão do ser/ estar, pois as pessoas costumam se esconder sob seus papéis sociais e muitas vezes transformam o papel profissional no único papel a ser desempenhado na vida.
•Entrar em contato com a humildade para reconhecer que novas oportunidades, mesmo que muito diferentes das que já foram vividas são chances para aprender e conhecer coisas e pessoas novas.
•Estar mais aberto a rever paradigmas. Problemas novos ou antigos, hoje, exigem soluções novas e isso implica em sair da zona de conforto.

Por isso, pense em que lugar você deseja estar nessa hora de grandes chances. Se como vítima reclamando que o mundo está difícil e que o melhor é esperar para ver como fica, ou ser agente e participar desse grande movimento de transformação e de revisão da nossa sociedade contribuindo com o melhor que você tem para tornar nosso mundo e o seu cada vez melhor. Não esqueça, depois de pensar, comece a agir. Pensar sem agir é devaneio, não muda nada!



- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Quem precisa de reconhecimento?

::Osho::




Os pais, os professores estão sempre enfatizando que você precisa obter reconhecimento, aceitação. Isso é urna estratégia muito astuciosa para manter as pessoas sob controle.

Aprenda uma coisa fundamental: faça aquilo que você gosta de fazer, adora fazer. E nunca busque reconhecimento; isso é mendigar.

Por que a pessoa deveria buscar reconhecimento? Por que alguém deveria desejar ser aceita?

Olhe bem para dentro de si mesmo. Talvez você não goste do que faz; talvez esteja receoso de estar no caminho errado. Talvez, por isso, procurar obter aceitação o ajude a sentir que está certo. É possível que você ache que o reconhecimento o fará sentir que está buscando o objetivo correto.

O problema é com seus próprios sentimentos íntimos; ele não tem nada a ver com o mundo exterior. E por que depender dos outros? Todas aquelas coisas dependem dos outros — e você mesmo está tornando-se dependente.

Não aceitarei nenhum Prêmio Nobel. Toda crítica que tenho recebido de todas as nações do mundo, de todas as religiões é mais valiosa para mim! Aceitar o Prêmio Nobel significa que estou tornando-me dependente — não terei orgulho de mim mesmo, mas do Prêmio Nobel.

Contudo, neste exato momento só posso sentir orgulho de mim mesmo; não há nada de que eu possa orgulhar-me. Neste último caso, sim, você se torna uma pessoa.

E ser uma pessoa que vive em total liberdade, que caminha com os próprios pés, que bebe das próprias fontes, é o que a torna realmente firme, segura. Isso é o começo de seu florescimento máximo como criador.

Aqueles a que se têm como figuras reconhecidas, renomadas, são pessoas atulhadas de lixo e nada mais. Mas o lixo que as enche é aquele com o qual a sociedade quer que elas fiquem cheias — e a sociedade as recompensa dando-lhes prêmios.

Qualquer pessoa que tenha a mínima consciência da sua individualidade vive movida pelo seu próprio amor, seu próprio trabalho, sem se importar infimamente com o que os outros pensam dele.

Quanto mais valioso o seu trabalho é, menor a chance de você obter respeito por ele. E quando seu trabalho é o de um gênio, você não obtém nenhum respeito durante a vida. Você é condenado enquanto ela dura... depois, passados dois ou três séculos, fazem estátuas de sua pessoa, seus livros são respeitados — pois são necessários dois ou três séculos para que a humanidade entenda a grandiosidade do gênio. É grande o abismo entre ele e a capacidade de entendimento dela.

Para ser respeitado pelos idiotas, você tem que se comportar à maneira deles, de acordo com as expectativas deles. Para ser respeitado por esta humanidade doentia, você tem que ser mais doentio do que ela. Assim, ela o respeitará. Mas o que você ganhará com isso? Você perderá sua alma e não ganhará nada.


- Posted using BlogPress from my iPad

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Diminuindo as expectativas, as decepções também diminuirão


::Rosemeire Zago::





É muito comum criarmos expectativas sempre que estamos em um projeto ou querendo obter algum resultado de algo que esperamos ou ainda, participando de um programa de reeducação alimentar.

A espera do resultado sempre gera ansiedade e expectativa. A maioria de nós sempre espera que certas coisas aconteçam de uma certa maneira. O que dizer quando estamos dentro de um relacionamento instável e ficamos sempre esperando um telefonema, a presença constante, uma atitude?

As expectativas são o que pensamos que deve acontecer como resultado do que fazemos, dizemos ou planejamos. E a decepção é inevitável quando as coisas não saem como planejamos. Você espera pelo aumento que acredita merecer.

Você espera ser amada para sempre. Deseja nunca mais ser abandonada. Espera que seus amigos a compreendam quando mais precisa deles. Espera não ser julgada nem criticada quando algo não dá certo.

Quando somos frustrados em nossas expectativas, nossos medos mais secretos podem surgir, como o medo de não mais ser amada, ser abandonada, rejeitada. A sensação de que não temos valor, que não valeu à pena a espera, que já sofremos tanto, por que de novo, por que comigo, são alguns dos pensamentos que tomam conta de nossa mente.

Esperamos sem nada fazer quando acreditamos no pensamento mágico, em nossas fantasias e desprezamos os dados de realidade. Suas expectativas são coerentes com a realidade? Talvez seja uma pergunta importante para explorar.

Muitas vezes a realidade está muito distante de nossas expectativas, mas a ignoramos.

A expectativa consome nossa paciência, harmonia e equilíbrio interno. Parece que quanto mais esperamos mais difícil se torna chegar ao resultado. E nesse compasso de espera, como nem sempre temos controle de tudo, nos decepcionamos.

Nesse momento é muito comum a busca por culpados. Costumamos culpar alguém por quase tudo. Essa é uma maneira sutil de não enfrentar os próprios desejos, que em geral ficam ocultos. As expectativas não realizadas geram raiva, autopiedade, e nos colocamos no papel de vítima.

Pensamos o quanto o outro foi injusto. Pode até ser que tenha sido mesmo, mas será que não recebemos sinais de que isso poderia acontecer e os desprezamos? Será que é a outra pessoa que nos decepciona ou nós que esperamos algo que nem sempre podem nos dar? Claro que depende do caso. É diferente da situação no trabalho quando alguém te prejudicou seriamente.

Outro conflito muito comum gerado pela expectativa é quando esperamos alguma atitude de alguém e não expressamos o que queremos, como se o outro tivesse a capacidade de ler nossos pensamentos. Um exemplo muito comum é do marido ao chegar em casa depois de um dia de trabalho. A esposa está preparando o jantar, esperando que o marido ao chegar irá lhe dar um abraço e ele ao ver sua seriedade pensa que ela deve estar envolvida com o que está fazendo e para não atrapalhar, a cumprimenta rapidamente com algumas palavras.

Conclusão: os dois queriam receber um abraço, mas como reagiram de acordo com os próprios pensamentos, imaginando o que o outro estaria pensando, ambos acabam se frustrando. O mesmo pode acontecer com quem faz um programa de reeducação alimentar. Espera que os demais membros da família adivinhem o quanto está sendo difícil manter os novos hábitos, principalmente enquanto todos desfilam com seus pratos recheados de tudo que adora comer. Será que eles imaginam sua dificuldade? Nem sempre as pessoas sabem exatamente como nos sentimos. Por isso, o mais indicado é identificar suas expectativas. Ao dizer: "você me ignora quase toda noite ao ficar assistindo televisão" é muito diferente de dizer: "eu me sinto ignorada quando você fica assistindo TV".

Quando as expectativas não são expressas tendemos a fazer um julgamento impulsivo diante do comportamento do outro e que nem sempre corresponde ao que o outro desejava demonstrar. Verbalizar suas expectativas é importante em qualquer relação. Como o caso citado acima de quem faz uma reeducação alimentar. Pactos de silêncio acontecem muitas vezes sem que percebemos e geram muitos conflitos. Todos nós queremos que as coisas aconteçam de um certo modo, mas quando este desejo não se realiza ficamos irados e sequer conseguimos pensar.

As expectativas em geral nos deixam com uma venda nos olhos, não conseguimos enxergar a situação em sua totalidade e podem impedir nosso crescimento e a capacidade de manter relações saudáveis.

Quando foi a última vez que você se sentiu frustrada porque alguém não agiu como esperava? Você culpou a outra pessoa mesmo ela não sabendo o que você esperava dela? Geralmente quando culpamos alguém é porque tínhamos expectativas de que aquela pessoa "deveria" ter agido de maneira diferente do que fez. As expectativas sempre nos deixam fora de controle.

Quando compreender que não é responsabilidade de ninguém "adivinhar" o que você quer seus conflitos podem diminuir. Quando nossas expectativas são um fator primário na maneira em que pensamos, ouvimos, falamos, a decepção se torna uma constante. E quando as expectativas de nossos próprios comportamentos são frustradas? É muito doloroso manter a expectativa enquanto percebe que o tempo passa e que seu desejo está longe de ser alcançado. Você aguarda e aguarda, até desistir.

Mas, o que tem feito para alcançar efetivamente o que deseja? Muitas pessoas simplesmente ficam em compasso de espera, acomodadas ao velho e conhecido padrão antigo de comportamento, como se não dependessem delas para que as coisas aconteçam como deseja. É certo que há situações que somos impotentes ou quando esperamos a atitude de alguém, mas, ainda assim, se criar expectativas em relação ao comportamento de outra pessoa, estará no caminho mais seguro para se decepcionar e se frustrar.

As expectativas podem nos mover, motivar, mas também nos destruir internamente. Quanto mais expectativas criarmos, mais estaremos propensos a nos decepcionar. Pense sobre suas expectativas, em que áreas elas aparecem mais? O que você tem feito para que se realizem? Se quiser se aprofundar mais, escreva sobre cada uma de suas expectativas não realizadas e veja se eram coerentes com a realidade.

Talvez você descubra coisas novas sobre si mesma. Talvez aprenda a aceitar o que realmente está acontecendo e como lidar com a situação. Nem sempre as coisas acontecerão da maneira como desejamos, mas, nem por isso devemos parar de lutar e desistir. Talvez seja um sinal de que o mais indicado é mudar o caminho e não seu destino em chegar onde deseja.


- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ansiedade e Tristeza Aumentaram - Uma revisão do caos no mundo moderno

::Augusto Cury::





Pensávamos que a ciência resolveria todos os problemas humanos. Não resolveu. A ciência não baniu a agressividade, não eliminou o egoísmo, não dizimou o individualismo, não extirpou a infelicidade e não promoveu a solidariedade. Por quê? O problema não está na ciência. O problema está na alma do homem que produz a ciência.

Com a expansão da ciência, aprendemos a medir tudo com precisão. Aprendemos a medir as distâncias entre os planetas, o tamanho do átomo, a velocidade dos objetos. Não estamos percebendo que o homem moderno está menos contemplativo, mais triste e mais sujeito às doenças psíquicas.

Tome cuidado! Não se submeta à ditadura dos padrões da estética e do consumismo. Podemos ser felizes com aquilo que temos. Desconfie do “belo” preconizado pela sociedade. Beleza está nos olhos de quem vê. Você pode ser belíssimo, mesmo que esteja longe dos padrões de beleza. A paranóia da estética tem envelhecido precocemente a emoção. Tem produzidos velhos no corpo de jovens. Nunca perca a juventude da emoção, mesmo nos últimos suspiros de vida.

Não seja escravo dos seus fracassos, das suas tentativas mal sucedidas de mudar seu estilo de vida, do seu perfeccionismo, das suas preocupações e muito menos dos pensamentos antecipatórios. Nas sociedades livres muitos homens estão vivendo no mais profundo cárcere, o cárcere da emoção. Liberte-se, aquiete seus pensamentos, seu maior compromisso é ser feliz.

Milhões de pessoas não freqüentam os consultórios de psiquiatras, mas compactam o sentido da vida. Elas sorriem, mas seus sorrisos são fabricados. Treinaram esticar os lábios. Sabem falar do ambiente exterior, mas só conseguem falar de si quando estão diante de um psiquiatra ou psicólogo. Estão espremidas nas salas de aula, no ambiente de trabalho e apinhadas na sala TV com toda a sua família, mas estão sós no meio da multidão. Precisamos repensar nossas vidas.

Estamos na era dos transportes aéreos e da navegação pela Internet. Nosso mundo ficou muito pequeno e veloz. Mas não deixe o universo de sua emoção ser pequeno nem deseje que sua emoção caminhe na velocidade das informações. Aprenda a extrair do pouco, aprenda a contemplar o belo lentamente.

Sempre recorde que as coisas mais belas estão presentes nas coisas mais simples. A miséria sempre foi manchete e a alegria sempre ficou no rodapé. Temos milhões de motivos para ser alegres, mas freqüentemente damos mais importância para aquilo que nos aborrece. Precisamos treinar a emoção para mudar nosso foco de atenção.

Não se preocupe excessivamente com sua imagem social. Procure dar o melhor de si, se aperfeiçoe na maneira de ser e de agir, equipe-se intelectualmente para ser profissionalmente eficiente, mas não gravite jamais em torno do que os outros pensam e falam de você. Não viva para trabalhar, trabalhe para viver.

Não critique excessivamente o mundo à sua volta. Toda reclamação, crítica excessiva e negativismo são registrados automaticamente em sua memória, expandindo zonas doentias em seu inconsciente. Cuide do que você arquiva que estará cuidando da sua emoção. Eleja prioridades na sua vida, caso contrário, fará muito para os outros, mas não saberá cuidar da sua saúde emocional.

Treine trabalhar com prazer. Conquiste as pessoas difíceis, autoritárias, transforme-as em seus amigos. Observe se os defeitos que vê nos outros também não estão em você. Não espere que os outros mudem com você, mude você com eles. Transforme o trabalho tenso e aborrecido em um recanto de prazer. Não espere que uma situação mude, mude a situação.


- Posted using BlogPress from my iPad

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cuide das suas responsabilidades

::Autor Desconhecido::




Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.

Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil no grande caminho da vida.

No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.

Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.

O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.

O segundo levaria uma corça rara.

O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.

O trio recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viajem de três milhas; no entanto, no meio do caminho, começaram a discutir.

O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar;este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.

O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajante permanecia atento as obrigações que diziam respeito aos outros,através de observações acaloradas e incessantes.

Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho.

Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado.

O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, e o bolo se perde totalmente no chão.

Desapontados e irritadiços, os três rapazes voltam a presença do pai,apresentando cada qual a sua queixa de derrota.

O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:

- Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.


- Posted using BlogPress from my iPad

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Lápis

::Desconheço a autoria::




O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:

- Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?

O avô sorriu, e disse ao netinho:

- Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo, é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.

O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:
- Mas este lápis é igual a todos os que já vi. O que ele tem de tão especial?
- Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo – respondeu o avô.

- Primeira qualidade: Assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça que existe uma “mão” que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.

- Segunda qualidade: Assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um “apontador”. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.

- Terceira qualidade: Assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.

- Quarta qualidade: Assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.

- Finalmente, a quinta qualidade do lápis: Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas nas vidas das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.



- Posted using BlogPress from my iPad

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Impermanência,

:: Cristiane P. Cappa ::





Compreender a impermanência é saber que tudo muda o tempo todo e que nada é permanente, nem mesmo nossas dores e as nossas feridas.
Geralmente ficamos muito triste quando as coisas mudam, mas esquecemos de perceber o lado positivo dessas mudanças.

A água do rio hoje, não será a mesma água do rio de amanhã, e ainda assim, será o mesmo rio. Talvez nesse mesmo rio, tenha amanhã, uma água mais pura e cristalina. E é graças a impermanência que tudo é possível. Graças a impermanência, existe um fluxo de vida que pode fluir por vários caminhos.

O que seríamos de nós se nosso sofrimento fosse eterno e permanente?
Quando pudermos perceber o milagre da impermanência, será mais fácil nos libertar de tristezas e sofrimentos. Estamos em constante luta com a nossa mente cheia de desejos e apegos, os quais nos causam dor, sofrimento e frustração.

Não é tão fácil mudar nossos padrões mentais e nossos hábitos. Estamos sempre repetindo os mesmos padrões que muitas vezes são destrutivos e nos causam muitos conflitos interiores, nos mantendo reféns de nós mesmos. No entanto, é preciso perceber o que nos mantêm prisioneiros desses hábitos e padrões, quais atitudes são as causas de nossos sofrimentos. Quando compreendemos que ao mudar nossas atitudes e pensamentos também eliminamos nossas dores, podemos enfim, viver de uma maneira mais saudável e equilibrada.

Tudo está em constante mutação. A impermanência faz parte de nossa condição humana. Podemos observar quantas mudanças ocorrem tanto em nossa vida como na vida de nossos familiares e amigos. E é através dessas mudanças, que podemos nos libertar de nossos apegos e medos, e desenvolver nossa aceitação.

Quando esquecemos da impermanência, não nutrimos nosso amor corretamente. Quando nos libertamos da prisão interna criada por nossos condicionamentos, preconceitos, apegos, aversões, culpas, limitações e hábitos, começamos a nos aceitar, a gostar de nós mesmos, e consequentemente, começamos a abrir nossos corações para aceitar os outros da maneira que são.

Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos, impossibilitando o surgimento da realidade, muitas vezes, adiando um caminho mais feliz que "nos espera".

Sabemos que muitas mudanças ocorrem inesperadamente em nossa vida, algumas boas, outras difíceis de enfrentar e de aceitar. Porém são muitas dessas mudanças que nos trazem crescimento e maturidade.

Geralmente é através de muitos momentos difíceis que reconhecemos nossa força interior, nossa coragem. E quando reencontramos nossa coragem e confiança, superamos nossas dificuldades com muito mais facilidade.

Sugiro que olhe para sua vida nesse instante, e reflita:
Onde você nasceu? Ainda vive nesse local? Quem são as pessoas com quem você conviveu? Você ainda convive com elas? Em que casa você morou? Ainda vive na mesma casa? Quem são os amigos que fizeram parte da sua infância? São os mesmos amigos de hoje? E seus relacionamentos? Empregos? Projetos? Sonhos? Sempre foram os mesmos? Provavelmente as coisas estejam bem diferentes agora. E o quanto você melhorou com todas essas mudanças? O quanto você pôde aprender com elas? Se nada tivesse mudado você seria quem é hoje?

Quando compreendemos a impermanência, entendemos o valor de cada momento e tomamos consciência de que o momento presente é o mais importante de nossa vida. Só no aqui e agora é que podemos criar e realizar algo, só no presente é que podemos transformar nossas vidas, nossa história. Só o momento presente pode nos dar a verdadeira satisfação. Na maior parte do tempo estamos sempre esperando que no futuro algo melhor aconteça ou ficamos nos lembrando do passado, lamentando ou comparando com o nosso presente.

Precisamos aprender a viver o momento presente, pois se vivermos com foco no passado ou no futuro estaremos sempre ansiosos, frustrados, insatisfeitos e infelizes. Não é sábio se preparar para a vida sem vive-la plenamente.

Se nada é permanente e tudo está em constante mutação, é inútil carregarmos um passado que já mudou, que não existe mais, e também é em vão vivermos num futuro que não existe e que pode nunca existir do modo que imaginamos. Viver e estar no presente é a real oportunidade que temos de criar e recriar a nossa história.


- Posted using BlogPress from my iPad

sábado, 22 de setembro de 2012

Entre agradar o outro e ser você mesmo...

:: Rosana Braga ::




Quando iniciamos um relacionamento, é muito natural tentarmos agradar o
outro. Afinal, é a fase da conquista, é tempo de cativar um coração
desconhecido. Para isso, é preciso que haja identificação, harmonia,
desejo de se manterem por perto...

No entanto, também é muito natural que, com o passar do tempo, cada um
comece a revelar seus desejos e seu modo de ser, e nem sempre o que um
quer e faz é o mesmo que o outro gostaria ou faria. São duas pessoas
que, por mais que se descubram interessadas mutuamente, têm histórias,
valores e gostos diferentes.

Algumas pessoas, ao perceberem que de algum modo desagradaram ou
decepcionaram o outro com sua atitude, escolha ou com a simples
expressão de si mesmas, sentem-se inseguras e com medo de que a relação termine. Assim, decidem relevar essa vontade para considerar a vontade do outro.

Sem dúvida, saber ceder é uma qualidade admirável. Aliás, cada vez mais
rara, eu diria. Mas é preciso compreender, antes de qualquer coisa, a
diferença, a sutil diferença entre ceder conscientemente e anular-se,
subjugar-se e não ocupar seu lugar nos relacionamentos.

Em outras palavras, o fato é que, numa relação, é preciso aplicar a
famosa regra do "nem 8, nem 80". Isto é, equilíbrio é o segredo. E
embora nem sempre seja fácil praticar o equilíbrio, especialmente porque
os resultados também dependem do bom senso do outro, eu diria que com
bastante diálogo e disposição para o amadurecimento, é possível.

Dito isso, penso que o verdadeiro problema nessa questão sobre agradar o
outro ou ser a gente mesma é mais profundo. O buraco é mais embaixo.

Acontece que muitas pessoas têm afogado seus desejos, ignorado seus
sentimentos, tapado os ouvidos para sua intuição e fechado os olhos para
si mesmas não como demonstração de maturidade e equilíbrio e, sim,
justamente o contrário: como demonstração de imaturidade, desajustes
internos e de uma enorme urgência em se rever antes de tentar agradar o
outro, seja esse outro quem for.

Até porque, convenhamos, uma pessoa que termina fazendo tudo o que outro quer, está bem longe de ser agradável. Ocupa apenas o lugar de quem alimenta, além de seus próprios, também os desajustes óbvios do outro.

Sim, claro, quem aceita estar numa relação onde o outro nunca tem vez e
sua vontade tem de ser a soberana, está decididamente demonstrando o
outro lado da mesma moeda! Ou seja, não existe uma vítima e um vilão.
Existem dois seres humanos precisando trabalhar suas individualidades e
a capacidade de enxergar a si mesmo e ao outro como merecedores de algo que faça mais sentido. Que se pareça um pouco mais com amor.

E que nos tornemos cada vez mais cientes de uma grande verdade: ser a
gente mesma não é uma escolha, não é uma ação forçada. É a suave e
natural consequência de um processo de autoconhecimento e, sobretudo, de saber reconhecer que toda vez que não encontrarmos espaço para expor o que sentimos e queremos, ou seja, espaço para sermos inteiros e
íntegros, então, essa situação não é real. E não vale a pena ser vivida.

Por fim, só existe um jeito de agradar a pessoa certa, na hora certa e
no lugar certo: sendo quem você é! Enquanto isso não acontecer, enquanto
você estiver perdido de si mesmo, vai continuar atraindo a pessoa
errada, na hora errada e no lugar errado!

Acredite em você e Seja Feliz!

Boa Reflexão!!!



- Posted using BlogPress from my iPad

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A rainha má e o terror de envelhecer

:: Eliane Brum ::





"Branca de Neve e o Caçador" (Rupert Sanders, 2012), em cartaz nos cinemas, deveria se chamar "Ravenna, a rainha má". Interpretada pela maravilhosa Charlize Theron, a mãe-madrasta-bruxa da princesa é o mais interessante do filme, assim como as questões tão atuais que ela nos traz. E a bela Charlize faz uma rainha inesquecível.
Para não envelhecer, essa vilã dos contos de fadas ultrapassa todos os limites e quebra todos os interditos. Uma mulher da era a.CP (antes da cirurgia plástica),
Ravenna suga a alma, a juventude e a beleza das adolescentes e devora corações puros, que arranca com suas unhas, enquanto chafurda na amargura.
O filme, para quem não sabe e não viu, busca resgatar o conteúdo terrorífico das origens dos contos de fadas. Tudo o que hoje se conhece com esse nome foram um dia histórias para adultos, nas quais canibalismo e incesto eram ingredientes garantidos. Mantidas vivas pela tradição oral dos camponeses medievais, as histórias eram contadas para entreter, mas não só. Os contos nasceram e permaneceram como uma forma de lidar com os riscos da vida real, num tempo em que os lobos uivavam no lado de fora e também no lado de dentro, menos contidos pela cultura do que hoje.
Depois, a partir do final do século 17, com Charles Perrault, culminando no século 19, com os Irmãos Grimm, os contos foram compilados, escritos e depurados como histórias para crianças. Nós, que nascemos no século XX, fomos alimentados por versões muito mais suaves e palatáveis a uma época sensível, em que os pequenos são vistos como o receptáculo tanto da inocência quanto do futuro. E, portanto, precisam ser protegidos dos males do mundo e de seus semelhantes, assim como convencidos de que sua "natureza" é boa e pura. Ainda que conheçamos, por experiência própria, que o pior também nos habita desde muito, muito cedo. E seria melhor para todos - e também para a vida em sociedade - poder olhar para ele de frente.
Branca de Neve registra algumas variações ao longo dos séculos, até chegar ao clássico da Disney, de 1937, que se tornou referência para a maioria de nós. Mas nada tão radical quanto uma versão de sua colega Bela Adormecida, por exemplo, na qual a princesa é abusada pelo príncipe e abandonada grávida. Muito menos como Chapeuzinho Vermelho, que talvez seja o conto que revela com maior clareza a mudança de sensibilidade através dos tempos.
Em uma das versões mais antigas, o lobo oferece à menina a carne da avó fatiada numa bandeja como iguaria e o sangue da avó como vinho. Depois de banquetear-se, Chapeuzinho é convidada a tirar a roupa. A cada peça que a menina arranca em seu strip-tease, o Lobo grita, todo animado: "Atire-a no fogo!". Em seguida, a Chapeuzinho sem chapéu nem calcinha deita-se nua na cama com o Lobo peludo. E é "devorada". Nem Lars Von Trier faria melhor. Os camponeses medievais terminavam a história ali.
O final feliz veio muito, muito depois.
No caso de "Branca de Neve e o Caçador", os realizadores do filme usaram os mais avançados recursos da tecnologia para construir imagens belíssimas na tentativa de recuperar algo da atmosfera sombria. Mas não se arriscaram a chegar sequer perto da violência de sentidos dos tataravôs dos contos modernos, talvez porque o projeto tenha sido pensado como uma franquia. O filme não perdeu, porém, a oportunidade de atualizar as questões que fizeram a história sobreviver por tantos séculos e alimentar o imaginário de tantos filhos de épocas diversas. E essa é a sua força.
Que questões são essas? A relação entre mãe e filha, com a violência simbólica transposta em atos concretos, já que a mãe-madrasta passa toda a história tentando matar a filha-enteada que vai suplantá-la em juventude e beleza. O olhar de desejo do pai-caçador, que a faz descobrir-se mulher na floresta "negra", para onde foge da mãe. Os vários desafios que enfrenta qualquer menina, seja a Branca de Neve ou uma adolescente de hoje, para se tornar mulher. E que passam, necessariamente, por se diferenciar da mãe. Quem quiser pensar mais sobre isso - e vale muito a pena pensar mais sobre isso - pode procurar o excelente Fadas no divã (Artmed, 2006), dos psicanalistas Diana e Mario Corso - um livro fundamental para todos, um pouco mais para mães e pais.
Em "Branca de Neve e o Caçador", os desafios enfrentados pela princesa para virar mulher (e continuar viva) ganham soluções um pouco diferentes das versões anteriores - e bem provocativas. Mas, só dessa vez, vou deixar Branca de Neve do outro lado do espelho e me concentrar no reflexo da rainha má. Charlize Theron é uma mãe-bruxa obcecada pela juventude e pela beleza. Para ela, nenhum ato é horrendo demais se, ao final, ela ganhar uns anos a mais com pele de pêssego. Assinalada por várias vidas de horror - já que a bruxaria e o coração das mais jovens garantiu-lhe uma existência prolongada -, ela não admite ter nenhuma marca do vivido. Toda a violência sofrida e praticada, as mágoas, as decepções e as traições estão dentro dela. Mas no corpo, naquilo que se oferece ao olhar do outro, ela é uma mulher sem marcas.
No filme, a rainha má assim é por ter sofrido no passado o abuso de homens que, nas suas palavras, sugaram tudo dela e, quando ela começou a envelhecer e a perder a beleza, a trocaram por uma mais jovem. Roteiro prosaico de nossos dias, mas tanto na vida real como na ficção soa inconsistente. Uma desculpa meio esfarrapada para justificar tanta destruição - e autodestruição. Nestes momentos, em que evoca a suposta sina das mulheres e a suposta voracidade dos homens, a rainha nos constrange com sua superficialidade de almanaque. Mas não deixa de ser interessante observar que supostamente também seria para o desejo dos homens que as mulheres do nosso tempo se submetem ao inimaginável na tentativa de permanecerem jovens e belas. Será?
Um dos momentos mais interessantes do filme se dá no encontro de Branca de Neve com uma comunidade de mulheres que, para se manterem a salvo da sanha da rainha, fazem marcas no próprio rosto. Até as crianças têm a face assinalada por cicatrizes sem história. Numa concepção de beleza em que as marcas da vida estragam o rosto, essas mulheres só podiam sobreviver se arruinassem a beleza - e, com ela, o interesse da rainha. É, portanto, no olhar da rainha que está o desprezo pelo corpo assinalado pela passagem do tempo - e não (apenas) no olhar dos homens. É só ao incorporar a recusa em envelhecer que a rainha se torna de fato um objeto. Alguma semelhança com nossa época? Me parece que toda. O terror só é terror se houver estranhamento. Estranha-se aquilo que, no fundo, é familiar.
O terror é o conhecido que fingimos desconhecido, é nosso estranho íntimo. Se fosse totalmente estranho, não captaria nossa atenção. É preciso ser um estranho que ecoa no que estranhamos em nós. Ou um estranho que reconhecemos em nós, mesmo sem jamais admitirmos conscientemente. Para isso serviram desde sempre os contos de fadas, ao nos dar a possibilidade de lidar com nossos fantasmas e medos através dos personagens, nossos outros arquetípicos. Nesse sentido, a rainha má é um conto de fadas para mulheres adultas.
É fácil escandalizar-se com a louca obcecada pela juventude que persegue as mais jovens, prontas a desbancá-la em beleza, como uma serial killer gótica. Mas é menos fácil escandalizar-se com o número cada vez maior de mulheres sem nenhum problema de saúde ou deformação que se submetem a uma cirurgia na tentativa, ao final sempre ilusória, de eliminar as marcas da passagem do tempo.
Para nós tornou-se corriqueiro, mas para alguém de outra cultura ou de outro tempo, soaria como um filme de terror ser apagada por uma anestesia e ser cortada por um bisturi. Sangue, gordura, fluidos. Tira um naco de um lugar para botar em outro, implanta um corpo estranho em formato de bola no peito, estica a pele do rosto com fio de ouro. Arrisca-se a morrer, apenas para submeter-se ao padrão estético do momento ou apagar rugas que voltarão mais cedo do que tarde. Conforme o lugar de onde se olha para essas cenas, hoje banalizadas, é um filme dos mais aterrorizantes.
A diferença, com a rainha má, é que ela deu um jeito de que as outras paguem o preço de sua incapacidade de suportar o envelhecer. Mas só até certo ponto. Porque nem mesmo a sua mágica é suficiente para eliminar as marcas dentro dela, não há feitiço capaz de apagar o vivido. E, povoada por memórias que sangram sem a chance de virar cicatrizes, ela naufraga em desgosto, a tal ponto que se torna difícil compreender por que, afinal, ela quer tanto ser jovem e ser bela, se continua tão desgraçadamente infeliz com sua existência.
Como o belo corpo e o belo rosto da rainha má, parece-me que os corpos e os rostos flagelados de hoje são mais para serem olhados do que tocados. Cortados, manipulados e emendados pelo bisturi do cirurgião, em geral um homem, este corpo não é feito para se fundir com nenhum outro. É mais um objeto que se oferece como imagem, apenas.
Porque o toque sempre deixará uma marca. O toque é sempre um risco. E, como para a rainha má, para muitas mulheres é melhor não se arriscar a ser alcançada por um outro que verá além do que é dado para ver, verá também as marcas que não podem ser apagadas. E fará outras marcas, que também não poderão ser eliminadas. Viver, afinal, é ser marcado e marcar.
O corpo e o rosto da rainha má não são para ninguém - nem para si mesma, como ela parece se iludir. O espelho mágico, aquele que olha e olha para além do que está na sua frente, é um dos grandes achados dessa versão. Ao ser invocado, ele desprega-se da parede e materializa-se como uma entidade masculina. Em vez de refletir a imagem externa da rainha, porém, ou lhe mostrar o mundo além do castelo, o espelho dá voz à sua imagem interior, ao avesso da rainha, ao lado de dentro. Vocaliza seus medos mais profundos e, de certo modo, a autoriza a praticar seus crimes, mas é apenas um eco.
É um diálogo consigo mesma - e não com um outro o que acontece nesse momento. A rainha má, desesperada por beleza e juventude, movida por um desejo que ela diz ser do mundo masculino e não dela, não é refletida nem mesmo pelo espelho. E, sem o olhar de um outro que nos reconheça, não há como se saber. É assim que ela se perde, porque não há quem a encontre.
É no medo de se perder no outro que a rainha se perde de fato. E, ao tentar matar Branca de Neve, na cena clássica da maçã envenenada, a mãe-madrasta vai desferindo conselhos à filha-enteada. "Você sempre se perde quando se deixa levar pelo amor". E então, totalmente perdida, grita como uma louca que não se escuta: "Você tem sorte de morrer antes de envelhecer".
E fracassa. É claro que fracassa. Nós todos conhecemos o final.



- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O sonho de Svetlana: Ela desistiu do seu sonho cedo demais!?

::Autor desconhecido::




Desde pequena Svetlana só tinha conhecido uma paixão: dançar e sonhar em ser uma Gran Ballerina do Ballet Bolshoi. Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Svetlana tinha lugar para somente uma paixão e tudo mais era sacrificado pelo dia em que se tornaria bailarina do Bolshoi.

Um dia, Svetlana teve sua grande chance. Conseguira uma audiência com Sergei Davidovitch, Ballet Master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a Companhia. Dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único compasso. Ao final, aproximou-se do Master e lhe perguntou:

"Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma Gran Ballerina?" Na longa viagem de volta a sua aldeia, Svetlana, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele "Não" deixaria de reverberar em sua mente. Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha. Ou fazer seu alongamento em frente ao espelho. Dez anos mais tarde Svetlana, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o Sr. Davidovitch ainda era o Ballet Master. Após o concerto, aproximou-se do cavalheiro e lhe contou o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto doera, anos atrás, ouvir-lhe dizer que não seria capaz.

"Mas minha filha, eu digo isso a todas as aspirantes", respondeu o Sr. Davidovitch. "Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu dediquei toda minha vida! Todos diziam que eu tinha o dom. Eu poderia ter sido uma Gran Ballerina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!" Havia solidariedade e compreensão na voz do Master, mas ele não hesitou ao responder: "Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar seu sonho pela opinião de outra pessoa."


- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Aceitar é começar a ser feliz

::Carlos Hilsdorf::






"Aceitação não é comodismo ou fuga, o ato da aceitação equivale a envolver com amor profundo os fatos que não podemos alterar e encará-los como circunstâncias a serem vivenciadas e vencidas para o fortalecimento do nosso ser" Há momentos na vida, onde tudo parece estar perfeito, maravilhoso, melhor que o sonhado. Muitos desses momentos têm continuidade e nos permitem experimentar esta sensação de alegria profunda e realização, outros não. Alguns desses momentos são subitamente interrompidos por causas inesperadas, fatos inusitados e circunstâncias inimagináveis.

Uma amiga acaba de perder o bebê aos dois meses de gestação. Somente as mães compreendem em profundidade a dor oriunda de uma situação como essa. Nós exercitamos a empatia e imaginamos o que significa, mas por mais que nos sensibilizemos não podemos experimentar a mesma dor.

É conhecida a frase: a dor é inevitável, o sofrimento opcional. Nessas circunstâncias não é bem assim; para uma mãe ou futura mamãe que perde um filho em gestação, o sofrimento não é opcional, é uma realidade inevitável. Nessas circunstâncias, a frase deve ser adaptada para: "a dor é inevitável, a forma de enfrentar o sofrimento é opcional!".

Há circunstâncias na vida onde não possuímos controle ou possibilidade de interferência ao ponto de mudar os resultados: resta-nos não como consolo, mas como atitude inteligente e digna o exercício da aceitação.

Dentro das principais opções que temos para enfrentar o sofrimento estão: o desespero, a raiva, a indiferença, a mágoa, a ira, a revolta, a depressão, a alienação e a aceitação. A única que não agrava nossos problemas e possui efeitos benéficos é a aceitação.

O exercício da aceitação é tanto mais fácil e possível quanto maior for o nosso grau de consciência, maturidade e espiritualização.

Aceitar é ser verdadeiramente humilde diante dos fatos inevitáveis e das circunstâncias imutáveis. A humildade nos faz reconhecer o limite das nossas possibilidades diante do universo ao nosso redor. Aceitação não é comodismo ou fuga, o ato da aceitação equivale a envolver com amor profundo os fatos que não podemos alterar e encará-los como circunstâncias a serem vivenciadas e vencidas para o fortalecimento do nosso ser.

Diante dessas situações, seja forte. O mundo é dos fortes, diria uma sábia amiga se estivesse ao meu lado agora que escrevo este artigo. A verdadeira força reside nas capacidades de aceitação e de recomeçar.

Compreender as coisas, nem sempre diminui a dor e o sofrimento, mas nos permite optar por enfrentar a dor e o sofrimento com inteligência, dignidade e resignação.

Chamamos de resiliência a capacidade psicológica de, submetidos a fortíssimas pressões, conseguirmos retornar ao equilíbrio e retomar nossas vidas, realizando um novo começo.

Nessas circunstâncias onde a humildade e a aceitação são nossas maiores virtudes, vale lembrar três reflexões:

1) A prece da serenidade: "Senhor dá-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar,coragem para mudar as coisas que eu possa e sabedoria para que eu saiba a diferença."

2) Uma reflexão que faço em meu livro Atitudes Vencedoras: "A fé é a certeza que fica quando todas as outras deixam de existir!"

3) Um conselho repetido muitas vezes por Omar Cardoso (pesquisador de astrologia e importante radialista brasileiro da década de setenta): "Todos os dias sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhor!"

Estas três reflexões juntas nos permitem compreender que humildade e aceitação constituem o princípio da serenidade; que nossa fé deve ser superior a nossas dores e sofrimentos, mesmo quando não podemos compreender porque determinadas coisas aconteceram, justamente quando tudo parecia perfeito, e; que a certeza de um amanhã, de um renascer onde poderemos estar melhores a cada instante, deve nortear nosso recomeço.

Seja qual for a dor que te aflige, opte por enfrentar o sofrimento pela via da aceitação: a dignidade desse caminho lhe fornecerá as forças para renascer e recomeçar e assim como a mitológica ave Fênix, você renascerá das próprias cinzas (do sofrimento que vem lhe consumindo).

Viver é renascer e recomeçar a cada dia, como repetia com profundo amor Francisco Cândido Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

Por mais difícil que seja este momento, ele não é o fim. Acredite, pode até parecer, mas não é o fim.

Pratique a humildade, aceite a realidade e recomece, recomece sempre...

Quanto mais cedo você exercitar a aceitação, mais cedo começará a ser feliz...

Seja forte!


- Posted using BlogPress from my iPad

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ativando a energia do amor

:: Elisabeth Cavalcante ::




O amor representa o centro de nossa existência. Ele nos alimenta desde que nascemos, pois são os cuidados que recebemos que farão toda a diferença e permitirão que possamos crescer e nos desenvolver.

Seguimos ao longo da vida sempre nos nutrindo do amor que recebemos de nossa família, nossos amigos e de nossos parceiros afetivos. Esta é, aliás, para muitas pessoas, a dimensão da vida em que mais se faz presente a necessidade de amor.

Receber amor é tudo o que mais desejamos, entretanto, existe dentro de nós uma reserva inesgotável de amor, que na maior parte das vezes direcionamos para o mundo exterior, e esquecemos de ofertar a nós mesmos.

Ativar a energia amorosa significa reconhecer esta fonte e permitir que ela se espalhe a partir de nosso coração para o restante do mundo, sem qualquer expectativa de retribuição.

Quando nos tornamos preenchidos pelo amor, ele naturalmente atrai na nossa direção, muitas oportunidades de compartilhá-lo. Mas, enquanto permanecemos inconscientes desta riqueza, seguimos como mendigos famintos, implorando pelo amor do outro, como se dele dependêssemos para sobreviver.

Esta inversão, que nos leva a buscar o amor por acreditar que não temos amor, é uma das principais fontes de sofrimento. Se, ao contrário, pudermos sentir que já temos amor suficiente e, por essa razão, desejamos ofertá-lo, certamente a energia assumirá outra natureza.

"As pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se a expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. É a expectativa que está criando problema, não o amor. Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o. Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o. O pássaro cuco, ao cantar distante, não se preocupa se alguém está gostando ou não. A estrela distante - você pensa que ela está preocupada se um poeta está escrevendo um belo poema sobre ela ou se um Vicent van Gogh está pintando-a, ou se um fotógrafo ou um astrônomo estão preocupados com ela? A estrela não está interessada nisso. A sua alegria está em continuar brilhando. Simplesmente abra o seu coração... E abra-o totalmente, sem quaisquer expectativas e condições. É certo que ele alcançará o coração certo; isto sempre acontece.
...E você está me perguntando: Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração totalmente? Todo tempo e todo lugar é o lugar certo!
...Você esperou tempo demais, não espere mais. Este é o tempo. Nunca confie no momento seguinte; o amanhã nunca vem. É agora ou nunca"! OSHO.


- Posted using BlogPress from my iPad

sábado, 18 de agosto de 2012

Rompendo o casulo

::Gilberto Cabeggi::




O sábio Jonas PahNu estava tranqüilo, lendo um pouco. De repente:
– Não é possível... Tudo está contra mim. Até parece que “só tem eu no mundo” para as coisas darem erradas! – esbravejou Daniel, entrando repentinamente na sala.
– Do que você está falando, meu garoto? – perguntou Jonas.
– Nada em especial, mestre. Mas ultimamente, para mim, tudo parece ser mais difícil. Tudo o que vou fazer dá um trabalho enorme, complica-se tanto, que tenho a sensação de estar sendo perseguido pelas dificuldades da vida. Para meus amigos, tudo acontece de um jeito tão mais fácil!...
– Você não gosta de dificuldades, não é mesmo?
– Não gosto. Acho que tudo poderia ser mais fácil. Acho que a gente não precisaria passar por tanta encrenca para conseguir algo.
– Ora, Daniel... Você tem certeza de que é isso mesmo que gostaria
de viver? Uma vida insossa, sem as emoções de vencer as dificuldades?
– Mestre, apenas acho que talvez a vida pudesse ser um pouco mais simples. Para que tanta dificuldade, afinal? Que sentido tem isso?
Jonas levantou de sua cadeira predileta, apanhou o chapéu de palha de que tanto gostava, e foi em direção à porta. Daniel entendeu, de imediato, que ele queria mostrar-lhe algo. Deu meia volta e saiu apressado atrás do seu mestre.
Caminharam em silêncio através da relva, por pouco mais de dez minutos, até chegarem a um aglomerado de arbustos de folhas largas. Eram amoreiras.
– Venha – disse Jonas. Quero que veja algo. E caminhou por debaixo dos arbustos, conduzindo Daniel.
– Olhe para isto... Você sabe o que são?
– São casulos. – respondeu Daniel.
– Sim... E amanhã serão borboletas. – completou Jonas. Estão na última fase de sua transformação. Agora, olhe para os orifícios nesses casulos. É por onde sairão as borboletas. Você nota alguma coisa?
Daniel observou com cuidado e finalmente respondeu, apontando para um dos casulos:
– Este casulo tem o orifício bem maior do que os demais. Por que será?
– Bem observado, garoto. Provavelmente deve ter sido roído por alguma outra lagarta, ou algum pássaro em busca de comida. Mas o que interessa não é saber o porque desse orifício ser maior do que os dos outros casulos. O que realmente importa saber dessa história vai ter de ficar para depois. Vamos para casa e voltaremos aqui amanhã, após o almoço. – concluiu Jonas.
Seguiram de volta, e não tocaram mais no assunto. Daniel, mesmo curioso, sabia que não adiantaria perguntar nada mais ao mestre, antes da hora marcada por ele.
No dia seguinte, por volta da duas horas da tarde, estavam de volta ao local dos casulos. Sentaram-se e observaram as borboletas, uma a uma, deixando os casulos, estirando lentamente suas asas, que tomavam forma e cores gradativamente, e depois as secando ao sol, para finalmente levantarem vôo.
No final do dia, todas as borboletas haviam partido e abandonado seus casulos. Exceto uma: aquela que tinha no casulo uma abertura muito maior do que as outras. Ela não conseguira voar. Saíra de seu casulo, porém permanecia no chão, com o corpo inchado e as asas atrofiadas, girando em círculos. E jamais chegaria a voar.
Observando aquilo, Daniel não se conteve e perguntou:
– Mestre! O que houve com ela?
E Jonas PahNu pacientemente explicou:
– O esforço que a borboleta faz para sair do casulo por aquele pequeno orifício é o recurso que a natureza usa para empurrar os líquidos de seu corpo para dentro de suas asas. Desse modo, as asas são irrigadas, expandem-se e tomam forma, e ganham leveza e força para voar.
Portanto, é a partir da superação da dificuldade de romper o casulo, de passar por aquele pequeno orifício, que se define o esplendor da borboleta.
Aquele casulo que tinha o orifício bem maior que os demais, o que aparentemente facilitaria o trabalho da borboleta, acabou por incapacitá-la de ter toda a sua natureza desenvolvida.
As lutas, as dificuldades, são necessárias para o nosso crescimento. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem nenhum obstáculo, jamais desenvolveríamos todo o nosso potencial. Não seríamos fortes o bastante e não poderíamos voar, tal qual aconteceu com a borboleta que não precisou lutar para sair do casulo.






terça-feira, 7 de agosto de 2012

Otimismo e Pessimismo


:: Flávio Gikovate :: 



Não deixa de ser curioso observar as diferentes reações do ser humano frente a certos obstáculos. Ao adoecer, algumas pessoas só pensam na recuperação; outras sentem que jamais voltarão a ter saúde. Diante de uma situação de risco, os otimistas decidem enfrentá-la, pois acham que as chances de sucesso são boas; os pessimistas recuam, antevendo a catástrofe. Para começar um namoro, o otimista se aproxima de alguém que despertou seu interesse; o pessimista evita o primeiro passo, imaginando uma rejeição inevitável.

As diferenças não param aí. Se de um lado, há alegria de viver, generosidade, desprendimento, do outro há certa tendência ao egoísmo e à tristeza, às vezes disfarçada de falsa euforia. O otimista está sempre cheio de planos e projetos, é inovador, contagiando com sua esperança as pessoas que o cercam. O pessimista é mais comedido nos gastos e nos gestos, costuma ser conservador, só se interessa por coisas que já foram testadas e agradam à maioria.

Quais serão os fatores que impulsionam o ser humano na direção de um comportamento positivo ou negativo em relação à vida? Vale a pena levantar algumas hipóteses. Antes de mais nada, acredito que não se trate de um mero condicionamento ou hábito de pensar. Quer dizer, não adianta acordar de manhã com a disposição de mudar e de tomar atitudes positivas. Esse tipo de otimismo será falso, superficial e não levará ao sucesso almejado.

Tenho impressão de que há algo de inato em nosso comportamento. Certas pessoas possuem forte impulso vital. Portadoras de uma energia inesgotável, são movidas por um combustível que falta à maioria dos mortais. Nelas, a alegria de viver é transbordante. Nada as deixa tristes e, em certas situações, parecem levianas porque não dão muito peso a sofrimento algum. Esse fenômeno inato provavelmente está ligado à bioquímica de nossas células cerebrais.

Outro fator que predispõe ao otimismo ou ao pessimismo é a avaliação crítica de nosso passado. Por exemplo, se uma pessoa de 40 anos fizer uma retrospectiva de sua vida e concluir que teve progressos indiscutíveis, haverá bons motivos para o otimismo em relação ao futuro. Se, ao contrário, na hora de somar e subtrair, o saldo for negativo, o pessimismo prevalecerá. Essa auto-avaliação não abrange apenas conquistas de ordem material. O que mais interessa é o sucesso como ser humano. Conseguir dominar os impulsos agressivos, ter uma vida sentimental e sexual satisfatória, ser tolerante para com as diferenças de opinião são condições que conduzem ao otimismo.

Finalmente, há um terceiro fator, sem dúvida o mais importante de todos, que orienta nossa atitude. Esse fator é a coragem. Pessoas que não têm medo de ousar tendem ao otimismo. Elas não temem o sofrimento e o fracasso. Sabem que o forte não é aquele que sempre acerta, mas aquele que corre o risco de errar e sobrevive à mais dura queda. Os seres humanos mais felizes suportam bem a dor e costumam ter uma rotina mais criativa e alegre. Seu otimismo leva ao sucesso, pois consideram eventuais derrotas um aprendizado que os tornará ainda mais fortes. O oposto acontece com o pessimista. Ele fica paralisado, não por convicção, mas por medo. Não tem medo porque é pessimista. É pessimista porque tem medo. E assim vai passando pela vida, cada vez mais inseguro e acomodado e - o que é pior - cada vez mais invejoso.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ser Louco é ser São


::OSHO::



O mundo tem conhecido pessoas tão bonitas, tão loucas!
Na verdade, todas as grandes pessoas do mundo foram um pouco loucas- aos
olhos da multidão.
Suas locuras tiveram expressão porque elas não eram miseráveis, elas não
estavam ansiosas, elas não tinham medo da morte, elas não estavam
preocupadas com o trivial.
Elas estavam vivendo cada momento com totalidade e intensidade e, por causa
dessa totalidade, dessa intensidade, suas vidas se tornaram uma linda flor -
 elas estavam  cheias de fragrância, de amor, de vida e de riso.

Mas isso certamente fere milhões de pessoas que estão ao seu redor.
Elas  não podem aceitar a idéia de que você tenha alcançado alguma coisa que
elas perderam; elas tentarão, de todas as maneiras, torná-lo infeliz.
 A condenação delas nada mais é do que um esforço para torná-lo infeliz,
para destruir a sua dança, tirar a sua alegria - de medo que você possa
voltar ao rebanho.

É preciso reunir coragem e, se as pessoas disserem que você é louco,
divirta-se com a idéia.
 Diga a elas: "Você esta certo, neste mundo somente pessoas loucas podem ser
alegres e felizes.
 Eu optei pela loucura juntamente com a alegria, com o êxtase, com a dança;
você optou pela sanidade com a angústia, com o inferno - nossas opções são
diferentes. Continue são e permaneça miserável; deixe-me só na minha
locura.
Não se sinta ofendido.
Eu não estou me sentindo ofendido por todos vocês - tantas pessoas são
equilibradas no mundo e eu não estou me sentindo ofendido.

É apenas uma questão de pouco tempo....
Breve, uma vez que elas o tenham aceito como louco, elas não o pertubarão
mais; então você pode se revelar à plena luz com seu ser original- você pode
abandonar todas as suas falsidades.

Toda nossa educação gera uma divisão em nossa mente.
 Temos que mostrar uma face para a sociedade, para a multidão, para o
mundo - não será necessariamente a sua face real; na verdade, não pode ser a
sua face verdadeira.
Você tem de mostrar a face que as pessoas gostam, que as pessoas apreciam,
que será aceita por elas - suas ideologias, suas tradições - e você tem de
reter, para si mesmo, sua face original.

Esta divisão se torna quase intransponível; porque a maior parte do tempo
você está no meio da multidão, encontrando pessoas, relacionando-se com
pessoas - muito raramente você está só.
Naturalmente, a máscara se torna mais e mais parte de você, mais do que a
sua verdadeira natureza.

E a sociedade cria medo em todo mundo - o medo da rejeição, o medo de que
alguém possa rir de você,o medo de perder a sua respeitabilidade, o medo do
que as pessoas irão dizer.
Você tem de se ajustar a todo tipo de pessoas cegas e insconscientes, você
não pode ser você mesmo.
 Essa é a nossa tradição básica, até agora, no mundo inteiro; ninguém tem
permissão para ser ele mesmo.

No momento em que outro está presente, você está menos preocupado consigo
mesmo; você está mais preocupado com a opinião do outro a seu respeito.

Quando você está só no banheiro, você se torna uma criança, às vezes, você
faz caretas diante do espelho.
 Mas se, de repente, você se dá conta de que alguém, até mesmo uma criança
pequena, está olhando pelo buraco da fechadura, você imediatamente muda;
você volta para a sua velha personalidade de sempre - você fica sério,
sóbrio, como as pessoas esperam que você seja.

E a coisa mais impressionante é que você tem medo delas, e elas têm medo de
você; todos temem a todos.
Ninguém está permitindo que seus sentimentos, sua realidade, sua
autenticidade se expressem - e todos desejam isso, porque é um ato muito
suicida, continuar reprimindo sua face original.

Sua responsabilidade é apenas com o seu próprio ser.
 Não vá contra ele, porque ir contra ele é cometer suicidio, é destruir a
você mesmo.
 E qual o benefício?
Mesmo que as pessoas o respeitem, e achem que você é um homem muito sensato,
honrado, ilustre, essas coisas não vão nutrir o seu ser.
 Elas não lhe darão nenhum insight sobre a vida e sua tremenda beleza.

Você está só no mundo: você veio ao mundo só, você aqui é só, e você deixará
este mundo só.
Todas as opiniões alheias ficarão para trás; somente os seus sentimentos
originais, as suas experiências autênticas acompanharão você até mesmo além
da morte.

Nem mesmo a morte pode tirar a sua dança, as suas lágrimas de alegria, a
beleza do seu estar só, o seu silêncio, a sua serenidade, o seu êxtase.
Aquilo que a morte não pode tirar de você é o único tesouro verdadeiro; e
aquilo que pode ser tirado por qualquer um não é tesouro - você está
simplesmente sendo enganado.

A sua preocupação exclusiva deveria ser cuidar e proteger aquelas qualidades
que você pode levar consigo quando a morte destruir o seu corpo, a sua
mente - porque essas qualidades serão seus únicos companheiros.
Elas são os únicos valores verdadeiros; e que as pessoas que as alcançam,
somente estas vivem;
as outras apenas fingem viver.




terça-feira, 17 de julho de 2012

Até que ponto a dependência atrapalha?


:: Rosemeire Zago ::

 
 
A dependência emocional é um dos aspectos que facilmente identificamos nos outros, mas raramente em nós mesmos. Quando alguém nos conta sobre seu relacionamento afetivo, imediatamente percebemos a dependência de um dos parceiros, ou até mesmo, de ambos. Mas será que somos dependentes e não percebemos?

Nem sempre uma pessoa dependente necessita do outro para tudo. Muitas vezes consegue ter independência financeira, mas é na parte emocional que encontra maior dificuldade em cuidar de si própria. Em geral, uma pessoa dependente tem como características principais pouca confiança em si mesma e baixa auto-estima, e o foco está em ser cuidada e protegida, sempre dependendo da aprovação, reconhecimento e aceitação do outro, por não ter consciência de seu valor pessoal. Acredita que precisa do outro mais do que de si mesma.
 
O desejo inconsciente de que alguém cuide de nós pode nos sujeitar a várias formas de dependência psíquica. Ser dependente é como pedir, ou muitas vezes, implorar: "cuide de mim, pois eu não consigo", em todos os sentidos. Dificilmente uma relação verdadeira e autêntica suporta isso por muito tempo, pois qualquer relação deve ser baseada em trocas equivalentes e supõe pessoas inteiras, e como a pessoa dependente não consegue ter essa percepção de si mesma, acaba por gerar muitos conflitos.

A dependência emocional pode causar muitos conflitos nos relacionamentos. É um sinal de muita carência e, acima de tudo, a necessidade de amor, principalmente o amor por si mesmo. A dependência faz parte do ser humano. A dependência emocional por gerar muito sofrimento e pode levar a outras dependências, como drogas, álcool, tabaco, sexo ou outras formas de compulsão, pois o dependente emocional está sempre em busca de que algo ou alguém preencha seu vazio.
 
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a dependência é catalogada como Transtorno da Personalidade Dependente, uma necessidade excessiva que leva a um comportamento submisso e aderente e ao medo da separação. Os comportamentos dependentes e submissos visam obter atenção e cuidados e surgem de uma percepção de si mesmo como incapaz de agir adequadamente sem o auxílio de outras pessoas. Utilizamos o termo dependência quando uma pessoa recorre continuamente a alguém para ser ajudada, guiada, sustentada na satisfação das próprias necessidades e não no desejo saudável de querer que o outro esteja ao seu lado.

Para que seja considerado um transtorno é preciso identificar ao menos cinco dos seguintes critérios:

- dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem pedir os conselhos de outras pessoas;
- necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida;
- dificuldade em discordar dos outros, pelo medo de perder apoio ou aprovação;
- dificuldade em iniciar projetos ou fazer algo por conta própria, por falta de confiança em sua capacidade e não por falta de energia ou motivação;
- chega a extremos para obter carinho e apoio dos outros, a ponto de se oferecer para fazer coisas desagradáveis;
- sente desconforto ou desamparo quando só, por sentir-se incapaz de cuidar de si próprio;
- busca um novo relacionamento urgente como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido;
- medo exagerado de ser abandonado.
 
A dependência emocional mostra uma pessoa fragilizada, fraca e carente, que pode causar muitos desequilíbrios em qualquer tipo de relacionamento. A dependência emocional é mais evidente na relação afetiva entre casais, mas também podemos encontrá-la entre pais e filhos, ou entre amigos. O assunto é tão sério que uma pessoa dependente pode fazer sacrifícios extraordinários ou tolerar abuso verbal, físico e até sexual, para evitar ser abandonada.

Os pais, avós, professores, têm um papel importante na formação e educação de todos nós; crianças que se sentiram abandonadas, rejeitadas, não amadas, tendem muito mais a dependerem do amor de outra pessoa, e vivem isso como condição de sobrevivência.

Pais superprotetores podem criar filhos dependentes quando adultos. Quem nunca precisou fazer nada por si mesmo, encontrando tudo pronto por pais que queriam acima de tudo suprir todas suas necessidades, com certeza encontrarão muita dificuldade em tornar-se independente. Pais que demonstram amor e confiança naquilo que a criança faz, com certeza quando adulta ela será muito mais segura de seu valor e muito menos dependente da aprovação e amor do outro.

Mesmo quando adultos desejamos ser protegidos por alguém, não no sentido material, mas principalmente no sentido de apoio emocional. Muitos acreditam que, a qualquer momento, em qualquer situação extrema, poderão contar com o socorro de alguém mais sábio e mais forte, o eterno salvador, incapaz de impedir seus fracassos. Desejar proteção é muito diferente da dependência doentia, que faz com que a pessoa mantenha uma relação mesmo que seja destrutiva, que a faça sofrer, chorar.
 
O primeiro passo para diminuir a dependência é ter consciência de seu comportamento, conhecer-se. Para conseguir realizar um processo de autoconhecimento e com isso, ter a percepção de seu valor, muitas vezes é preciso recorrer à psicoterapia com um profissional de sua confiança. Para abandonar a dependência é necessário identificar em que áreas de sua vida ela se faz presente e de que forma está comprometendo e causando conflitos em suas relações. O importante é se questionar sempre, analisando quando a dependência se torna um fato negativo, que cega e impede de crescer interiormente, tornando a existência um vício da presença do outro. Aprove-se mais, ame-se muito mais e dependa especialmente de você!